O técnico Tite ganhou um apoio de peso no comando da seleção brasileira. O pentacampeão Cafu acredita que o time nacional voltou a ser respeitado com a chegada do treinador e os bons resultados nos últimos jogos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

“Acredito que o trabalho dele é ótimo. São quatro vitórias em quatro jogos e não tem o que falar. Bom para o futebol brasileiro, que começa a criar uma nova imagem de respeita. As pessoas começam a acreditar na seleção brasileira e voltam a respeitá-la, já que somos a seleção pentacampeão mundial”, disse o ex-lateral-direito, em entrevista exclusiva ao Estadão.com, durante evento para o lançamento de uma campanha de conscientização de uma rara doença.

Cafu é o embaixador da campanha Pausa na PAF. PAF é a sigla de Polineuropatia Amiloidótica Familiar, que é uma do doença genética e hereditária rara, que provoca atrofia muscular e perda progressiva dos movimentos. A ideia dos idealizadores da campanha, é popularizar a doença para que as pessoas tenham maior conhecimento do problema e usará o futebol para fazer a campanha.

Em relação ao futebol, Cafu acredita que, além do sucesso do Tite, quem também tem feito bonito na seleção brasileira é seu sucessor no posto de titular absoluto da lateral direita, Daniel Alves. “Isso é por mérito do Daniel Alves, que aproveitou a lacuna que eu deixei e vem se dedicando e trabalhando com destaque na seleção e no futebol mundial.”

Sobre a polêmica do clássico entre Fluminense e Flamengo, o capitão do penta espera que tudo seja solucionado da forma mais correta possível e pede para que os jogadores não entrem na discussão e bate-boca vistos entre dirigentes nos últimos dias.

“A discussão e a polêmica no futebol dá o brilho ao futebol, que não pode acabar, mas tem que ser uma coisa sã. Erros no futebol acontecem e vão continuar acontecendo. Não vejo má-fé dos árbitros, como estão falando, que eles estão beneficiando um ou outro clube. Acho que estão acontecendo erros que não deveriam ocorrer, pois eles são capacitados. Acredito que toda essa briga que estamos vendo extra-campo não tem nada a ver com isso. É coisa de dirigente. Eles que briguem e lutem pelo clube. Os atletas tem que entrar em campo e tentar ajudar da melhor maneira possível”, comentou.

Já quando o assunto é a disputa pelo título e a luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o ex-jogador de Palmeiras, São Paulo, entre outros clubes, acredita ser muito precoce projetar o campeão ou que algum time grande possa ser rebaixado.

“Vejo o campeonato em aberto. O Palmeiras não é campeão e o São Paulo e Inter não caíram ainda. Temos mais rodadas e acho que tudo pode acontecer. Domingo passado, por exemplo, o Flamengo foi líder por cinco minutos e hoje está quatro pontos atrás. Ninguém acreditava que o São Paulo ganharia do Fluminense e tudo mudou.”

Por fim, o ex-companheiro de Rogério Ceni no São Paulo, aprova a possibilidade do ex-goleiro se tornar técnico do São Paulo no ano que vem, como tem sido especulado nos últimos dias. “Ele tem perfil, liderança, moral, confiança e conhece o São Paulo como ninguém. Além disso, tem respeito de todo mundo e acredito que tem tudo para conseguir grandes vitórias pelo São Paulo”.