PERUGIA, 14 JUL (ANSA) – Uma cafeteria destinada a quem sofre de Alzheimer e a seus familiares foi aberta na Città di Castello, na região italiana da Úmbria, para proporcionar a inclusão social e prevenir o isolamento dos afetados com a enfermidade degenerativa. Idealizado pela cooperativa “La Rondine”, o projeto “Caffè Alzheimer” fica em uma casa de madeira no terreno centenário do asilo “Muzi Betti” e visa oferecer apoio emocional e ferramentas práticas para familiares e pacientes com doença de Alzheimer.
Este apoio será fornecido por uma equipe de psicólogos e psicoterapeutas, coordenada por Valentina Tellini, em estreita colaboração com a Autoridade Sanitária Local da Úmbria 1 e com a ajuda científica de Alberto Trequattrini, neurologista, psiquiatra e chefe da unidade de distúrbios cognitivos simples do mesmo centro médico.
A iniciativa no “Caffè Alzheimer” prevê encontros mensais – toda primeira quarta-feira do mês -, de julho a novembro de 2025, totalmente gratuitos e abertos a todos os cidadãos, sem necessidade de diagnóstico médico, certificação ou encaminhamento.
“Este não é um serviço clínico, mas um espaço informal e protegido onde podemos abordar juntos as questões relacionadas à demência, com ferramentas adequadas e relacionamentos valiosos”, segundo os organizadores.
De acordo com Tellini, o projeto é voltado para familiares de pessoas com Alzheimer ou outras formas de declínio cognitivo, cidadãos que vivenciam a doença em seus estágios iniciais, profissionais da área, voluntários e indivíduos interessados em compreender melhor essas realidades.
Cada encontro se concentra em um tema específico, abordado de forma acessível e participativa, com uma parte informativa e uma oficina focada em estimulação cognitiva, conexão, compartilhamento, além de contação de histórias.
Segundo os organizadores, o objetivo do projeto é romper o isolamento que muitas vezes acompanha as famílias e os indivíduos envolvidos, oferecendo um espaço estável de escuta, discussão e apoio, que promova conscientização, empoderamento e senso de comunidade. (ANSA).