O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, declarou o seguinte nesta quarta-feira (17), sobre a situação do Brasil na pandemia: “A nossa situação, ela não é tão crítica assim. Comparada a outros países, é uma situação até confortável”.

O Brasil vive o pior momento desde o início da pandemia no País, e registrou na última terça-feira (16), o recorde de 2.798 mortos por Covid-19. São mais de 280 mil mortes e 12 milhões de infectados pelo novo coronavírus. Belo conforto, não é mesmo?

Com 3% da população mundial, o Brasil já contribuiu com 10% dos óbitos por Covid-19. A própria Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz) declarou: “o Brasil passa pelo maior colapso sanitário-hospitalar da história. Compreendeu, deputado Barros?

Dos 26 estados da federação mais o Distrito Federal, 18 estão com taxas de ocupação de UTI acima de 90%. Alguns, como Mato Grosso e Rondônia, com mais de 100%. Há fila de espera, portanto, para, no limite, morrer com alguma dignidade ao menos.

Além do colapso de oxigênio, vários hospitais começam a enfrentar falta de medicamentos e anestésicos para intubação, o que vale dizer, doentes irão morrer sufocados, inclusive quem necessitar de cirurgias sem quaisquer relações com a Covid.

A falta de profissionais especializados também começa a afetar o atendimento hospitalar, seja de emergência ou eletivo. Não há médicos e enfermeiros aptos a intubar os necessitados em número suficiente. O que mais falta para estes cretinos admitirem o caos?

O presidente do “e daí?”, do “mimimi” e do “chega de frescura”, encontrou mesmo o líder ideal para representá-lo no Congresso. Barros não difere em nada do verdugo do Planalto. Resta agora saber se tem filhos, e tendo, se moram em mansões de 6 milhões de reais.