Caetano Veloso deu uma entrevista ao jornal “O Globo” em que falou sobre a sua masculinidade. O cantor, que está lançando um novo disco, falou que se considera “fluido”.

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“É uma coisa que me interessa. Sempre foi uma questão para mim, um tema importante na minha vida. Sempre olhei pra isso com carinho, interesse, preocupação e alegria. E vejo que há muitas mudanças de comportamento (no sentido de uma tentativa de desconstrução por parte de um grupo de homens), mas há também uma grande resistência dos modelos de masculinidade, como se diz hoje, tóxica, opressiva, restritiva e empobrecedora como a gente teve que aguentar durante tanto tempo. Aliás, no momento, é muito oficialmente endeusada, né? E reforçada. Mas para mim, sempre foi caso fechado mesmo: eu sou fluido”, disse.

O músico também falou sobre a sua sexualidade e o lugar do sexo em sua vida. “Basicamente, é o mesmo de sempre: um lugar central, de grande importância na minha vida. Sexo, pra mim, é uma das coisas mais importantes. A descoberta do sexo definido quando ele se torna genital é uma descoberta não do sentido, mas da justificativa da vida, do valor dela. Foi quando eu vi como é profundamente bom viver, o que é o sentir a vida como afirmação. O sexo tem esse lugar na minha formação. Nisso, sou mais pro Ney (Matogrosso, que afirmou ter vida sexual ativa) do que Rita (‘agora, tenho mais tesão na alma’). Isso que ela disse é bonito, mas ela é mulher, eu e Ney, somos homens. Tem diferença porque há ainda a divisão de gênero, a formação física e psicológica. O que ela diz acontece. Tem coisas que passam a ficar mais na cabeça, no pensamento, na lembrança, e a libido pode ir parar nesse lugar. Mas para mim, se mantém no mesmo lugar de quando se definiu na minha pré-adolescência. É físico! Eu sou mais Ney nisso, somos dois leoninos”.


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