Por meio do seu perfil no Twitter, Bruno Gagliasso fez um desabafo sobre a falta de posicionamento das autoridades públicas em relação a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe de 24 anos, que foi brutalmente assassinado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, no final do mês passado.

“Se Moise tivesse tomado vacina e passado mal, certamente o governo brasileiro não mediria esforços para alardear a situação…mas estamos falando “apenas” de um homem preto imigrante que foi espancado até a morte por cobrar seu pagamento”, escreveu Gagliasso na rede social.

O artista ainda aproveitou para criticar a falta de atenção da população sobre o caso: “Era pra esse país estar em chamas, exigindo de suas autoridades uma ação!! Cadê o governador do Rio? Cadê a ministra dos direitos humanos? Cadê o Ministério Público? Um trabalhador foi espancado até a morte em um bairro nobre do Rio de Janeiro. E esse país segue sua vida como se fosse a coisa mais normal do mundo. Porque no Brasil é. Não deveria ser. Mas é”, concluiu.

POSICIONAMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Em relação à matéria publicada no site da Revista Isto É, na quarta-feira (02/02), intitulada “‘Cadê o Ministério Público?’, questiona Bruno Gagliasso sobre morte de congolês no RJ”, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informa que obteve junto à Justiça a prisão temporária dos três homens flagrados por câmeras de segurança espancando o jovem migrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, brutalmente assassinado no último dia 24 de janeiro, em um quiosque da Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. (https://www.mprj.mp.br/home/-/detalhe-noticia/visualizar/111328)

Além da decisão obtida, a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro informa que acompanha, junto à Delegacia de Homicídios da Capital, as investigações relacionadas ao crime. A Coordenadoria-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (CGPDPH/MPRJ) e as Coordenadorias de Promoção dos Direitos das Vítimas (CPDV/MPRJ) e de Direitos Humanos e Minorias (CDHM/MPRJ) informam também que estão em contato com a família da vítima para prestar apoio e informações sobre o andamento das investigações.