O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu início na manhã desta quarta-feira, 7, ao julgamento da compra da Votorantim Siderurgia pela ArcelorMittal. O julgamento começou por volta de 10h20, com a fala de advogados das empresas.
Como o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) noticiou na terça-feira, a tendência é que o conselho aprove o negócio com “duras restrições”. A tendência é que a maioria dos conselheiros acompanhe o voto da relatora, Polyanna Vilanova, que votará pela aprovação do negócio condicionado à assinatura de um acordo que foi negociado com as empresas.
Anunciado há um ano, o negócio une duas das três maiores siderúrgicas do País – fica de fora apenas a líder Gerdau. O valor não foi anunciado.
Segundo o Broadcast apurou, a relatora fez exigências amplas para que o acordo fosse negociado, incluindo que fossem vendidos ativos em todos os mercados em que havia concentração considerada elevada. O desenho dos “remédios” foi feito de forma que o negócio continuasse atrativo para a Arcelor, uma vez que serão exigidas vendas de plantas e ativos significativos.
O acordo negociado prevê a venda de ativos pelas empresas em pelo menos nove mercados, incluindo treliça e fio máquina, vergalhões, telas eletrosoldadas, perfis leves, perfis médios, arames recozidos, barra MBQ e CA-60.