O clássico entre Corinthians e Palmeiras nesta quarta-feira, no Itaquerão, será especial para Gabriel. O volante, que até o ano passado era um dos xodós dos palmeirenses, hoje demonstra gratidão ao time alvinegro e, sempre que perguntado, dá um jeito de provocar seu ex-clube e ganhar ainda mais pontos com os corintianos.

Gabriel evita falar do assunto, mas pessoas próximas ao volante admitem que ele ficou chateado por ter deixado o Palmeiras. A diretoria alviverde chegou a falar, meses antes do término de seu contrato, que ele seria contratado, já que estava por empréstimo no clube. Mas, ao final da temporada, acabou sendo dispensado.

O Palmeiras alega que os empresários do atleta aumentaram o valor combinado inicialmente para a permanência do jogador e, por isso, decidiram desistir do negócio. Para a posição de Gabriel, o clube contratou Felipe Mello, que entrou no time e rapidamente fez o torcedor esquecer o volante, que terminou 2016 na reserva, mas sempre esteve entre um dos jogadores mais queridos pelos palmeirenses.

No Corinthians, a cada dia Gabriel parece esquecer mais o seu passado. Logo em sua apresentação, disse que ter trocado de clube foi a melhor coisa que poderia ter acontecido e prometeu comemorar caso marcasse um gol diante do ex-clube. “Vou comemorar muito, está louco? Eu vou defender as cores do Corinthians, que é o clube que me acolheu”, avisou.

Em campo, tem dado carrinho, gritado, organizado o time, chamado a torcida e vem mesmo parecendo aquele Gabriel dos tempos de Palmeiras. Mas vestindo o branco e preto. E quando vai para a entrevista coletiva e o ex-clube volta a ser tema, esbanja personalidade até em assuntos mais polêmicos, como o Mundial de Clubes.

“Se a Fifa falou, a gente vai discutir com a Fifa? Ela que manda e ela que decide. A gente está atrás para trazer títulos ao Corinthians e é legal esse assunto para torcedor comemorar e brincar com o amigo porque são títulos que poucos clubes têm. O que sei é que, hoje, o Corinthians é bicampeão mundial”, disparou, se referindo ao fato de a entidade que rege o futebol ter informado que ela considera Mundial de Clubes apenas os torneios disputados a partir de 2000, quando passou a organizar a competição.

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Pouco depois, o assunto foi comparar as estruturas dos clubes e o gramado das arenas, sem falar o nome do Allianz Parque. “O CT e o estádio são diferentes e eu prefiro o do Corinthians. Acredito que está acima, sim, pois já vem com essa estrutura há um tempo e tem que ser respeitado. Me sinto totalmente adaptado e já me sinto em casa”, contou.

“É um gramado em que muitos jogadores escorregam, mas eu não vi muita diferença. Ele é mais rápido, parece um tapete. Adoro jogar na Arena, você nunca vê o campo em más condições como em outras arenas, em que o campo é horrível. Ali é um tapete”, disparou o ex-palmeirense e agora corintiano Gabriel.


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