Uma boa propaganda é a alma do negócio. Se não é tudo para o sucesso comercial, é parte fundamental, sobretudo diante de desafios competitivos. Para vender bem, necessita-se comunicar bem, a começar pelo nome.

O marketing político usa e abusa de táticas empresariais. Vejam o caso dessa lei, recém-aprovada pelo Congresso, que avança sobre o bolso da iniciativa privada: Taxação dos Super-Ricos. Quem, em um país pobre como o Brasil, se atreveria a ser contra algo?

Ao batizarem o novo confisco, deram ar de justiça social, o que é mais falso que nota de 3 reais. Não se promove justiça social punindo a riqueza. Muito menos fomentando uma luta de classes imaginária. Além disso, palavras são só palavras, e esse dinheiro jamais chegará aos pobres.

O truque, além de mentir, dizendo ser uma forma de distribuição de renda para garantir o apoio da sociedade, baseia-se na falsa premissa de que há uma casta privilegiada que paga menos impostos que os pobres. Não é verdade! Uma coisa é proporção, outra, bem diferente, são números absolutos.

Dizer que os super-ricos não pagam impostos equivale a negar a realidade, afinal, quem diabos sustenta este País? O governo e sua bocarra improdutiva, corrupta e perdulária? Os políticos cada vez mais sedentos por verbas, cargos e benefícios? Não, claro. São as grandes empresas e os grandes negócios.

Dizer que os super-ricos não pagam impostos é negar a realidade. Quem diabos sustenta este País? O governo e sua bocarra improdutiva, corrupta e perdulária?

Após tributados em mais de 30% em suas pessoas jurídicas; após normalmente tributados acima de 15% em suas aplicações financeiras; após tributados pela enésima vez em seus ganhos de capital, agora, os malvados super-ricos irão ser tungados também em seus investimentos no exterior.

A lei aprovada prevê a taxação das chamadas offshores, empresas que os demoníacos ricaços possuem além-mar. Por quê? Ora, o rombo nas contas públicas obriga. Ao invés de reformar o estado, avança-se sobre os ganhos da sociedade. Além disso, há o eterno troca-troca político, o famigerado “toma lá, dá cá”.

No dia em que “ganhou” a Presidência da Caixa para um aliado, o presidente informal da República, Arthur Lira (PP-AL), cumulativamente presidente da Câmara dos Deputados, fez aprovar a lei da falsa justiça social. Daí, ficamos sabendo que o filho mantém contratos publicitários com… a Caixa! Coincidência, claro.

Talvez resida aí a justiça social, sob o conceito brasuca: tributa-se o empresário que enriqueceu pelo sucesso do próprio negócio e repassa-se o butim a quem jamais moveu uma palha para ajudar,ao contrário, sempre criou dificuldades para vender facilidades. Os pobres? Bem, estes continuarão com as sobras.