Em meio à uma série de denúncias por assédio sexual e moral por colaboradores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo emitiu uma nota oficial na qual condena a entidade pela suspensão do jogo entre Brasil e Argentina neste domingo (5).

A partida, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, sofreu a intervenção de agentes da Anvisa e da Polícia Federal na Neo Química Arena. O motivo foi a quebra de protocolo por quatro jogadores argentinos, que não respeitaram as regras sanitárias impostas por portaria brasileira.

“A interrupção, neste domingo, do jogo entre Brasil e Argentina por violação das regras sanitárias e migratórias é uma demonstração do desgoverno que tomou conta da CBF após meu injusto afastamento”, disse o dirigente.

“O próprio órgão que me afastou sumariamente, sem direito a defesa, já concluiu que não cometi a conduta de assédio”, diz o presidente afastado da CBF.

“O caso de hoje deveria ter sido resolvido pela CBF antes do jogo, evitando envergonhar o país e prejudicar as delegações, os patrocinadores e, sobretudo, o torcedor”, frisou ainda Rogério Caboclo.

Caboclo fez questão de acusar um grupo, que ele não denominou qual, de tomar “de assalto” a gestão da entidade.

“O episódio de hoje deixa evidente a necessidade do meu retorno ao comando da CBF para cumprir o mandato para o qual fui eleito com 96% dos votos”, completa o presidente afastado.

Atualmente, a CBF está sob a gestão de Ednaldo Rodrigues que colocou a responsabilidade pelo incidente na conta da Anvisa.

“Lamento em nome de todos os desportistas, em nome de todos os filiados, de todo o público que estava também para acompanhar essa partida, os telespectadores, porque realmente causa indignação e acredito, com todo respeito a instituição Anvisa, mas a Anvisa realmente extrapolou em suas decisões porque poderia te lidado com tudo isso antes, não depois do jogo começar”, criticou o dirigente.