O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou na manhã desta sexta-feira, 26, que a Butanvac, nova vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo órgão e 100% nacional, deverá ter um custo de produção inferior ao de outros imunizantes disponíveis no mercado, próximo aos custos da vacina contra a gripe comum. Covas, entretanto, não divulgou a cifra por dose dos imunizantes.

“Em princípio, as vacinas do tipo Influenza, da mesma tecnologia, são vacinas muito baratas. Entre todas as vacinas, são as mais baratas no mundo”, disse Covas. “Esperamos que aconteça aqui também com essa vacina: um custo bem inferior às vacinas que estão sendo usadas nesse momento”, completou. Segundo ele, colaboram também para que a vacina tenha um preço menor que as outras a produção nacional, que reduz custos logísticos e em relação ao câmbio.

“Estamos começando o processo. Não temos custo definido ainda. A hora que tivermos a vacina de fato sendo produzida para uso, vamos ter condições de fato de definir o custo”, afirmou. De acordo com o diretor do instituto, não há até o momento financiamento federal para o desenvolvimento da vacina. O anúncio ao Ministério da Saúde foi feito nesta manhã.

A previsão é de que, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove os testes do imunizante, os estudos comecem em abril e sejam concluídos em até “no máximo” três meses.

Conforme afirmou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o novo imunizante não impede ou atrapalha a produção da Coronavac, imunizante já feito e envasado no instituto paulista e que representa mais de 90% das doses contra a covid-19 aplicadas no País.

O governador reforçou a intenção de compra de mais 30 milhões de doses da Coronavac ao final do contrato de fornecimento do instituto ao Ministério da Saúde para a imunização da população paulista. “Até o fim deste ano, asseguro que todos os brasileiros que residem em São Paulo estarão imunizados”, afirmou Doria.

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