Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) – O Instituto Butantan entregou nesta quarta-feira 2,5 milhões de doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac diretamente aos Estados do Piauí, Ceará, Mato Grosso, Espírito Santo e Pará, após a conclusão do contrato com o Ministério da Saúde.

Em entrevista coletiva na sede do instituto, em São Paulo, para marcar a entrega, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que representa o Fórum dos Governadores nas discussões sobre a vacinação contra a Covid-19, defendeu que o ministério retome as compras da CoronaVac junto ao Butantan.

O instituto entregou no total 100 milhões de doses da vacina, que foi desenvolvida pela chinesa Sinovac, ao Plano Nacional de Imunização (PNI) como parte do acordo com o ministério.

“Eu, pessoalmente, com outros governadores, cobramos ao final do compromisso do Butantan com a entrega das 100 milhões de doses, para que, como sempre o Brasil fez, seguisse o Ministério da Saúde comprando vacinas. Como aceitar como natural o Butantan, brasileiro, ter vacinas, o Brasil precisando de vacinas e a gente não ter uma manifestação para comprar vacinas?”, indagou Dias.

Além de Dias, estavam presentes na coletiva os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e do Pará, Helder Barbalho (MDB). O Butantan é vinculado ao governo do Estado de São Paulo.

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Neste primeiro lote de vacinas enviadas diretamente aos Estados, o Piauí receberá 200 mil doses da CoronaVac, o Ceará 300 mil doses, Espírito Santo 500 mil, Mato Grosso 500 mil e Pará 1 milhão de doses.

Casagrande disse ainda que o governo do Espírito Santo já acertou com o Butantan a reserva de 4 milhões de doses da ButanVac, potencial vacina contra a Covid-19 que está em estágio de estudos clínicos, para, caso seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja aplicada na população capixaba no ano que vem, se o fornecimento de doses do Ministério da Saúde não for suficiente para a campanha em 2022.

Na mesma coletiva, Camilo Santana também anunciou que iniciará as tratativas com o Butantan com vistas a reservar doses da ButanVac ao Ceará caso seja necessário.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o preço por dose que está sendo cobrando dos Estados é de 10,30 dólares, o mesmo acertado no contrato já finalizado do instituto com o Ministério da Saúde.

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