O Burundi fechou sua fronteira com Ruanda, nesta quinta-feira (11), quase duas semanas depois de acusar seu vizinho de apoiar rebeldes que lançaram ataques em seu território, anunciou o ministro do Interior do Burundi, Martin Niteretse.

Segundo o Burundi, o grupo RED Tabara lançou um ataque em 22 de dezembro perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), deixando 20 mortos, entre eles mulheres e crianças.

Em 30 de dezembro, o presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, acusou Ruanda de apoiar os rebeldes, o que o governo desse país nega.

“Fechamos as nossas fronteiras [com Ruanda]. Quem tentar ir, não passará. A decisão foi tomada”, disse o ministro Niteretse à imprensa nesta quinta-feira.

Ruanda informou, por meio de nota, que “lamenta o fechamento unilateral da fronteira pelo Burundi”.

Autoridades do país disseram que “esta decisão desafortunada vai restringir a livre circulação de pessoas e bens entre os dois países e violará os princípios de cooperação regional e de integração da Comunidade do leste da África”.

As relações entre Burundi e Ruanda têm sido, com frequência, conturbadas.

Chegou-se a observar uma leve melhora, depois que Ndayishimiye chegou ao poder em 2020, mas os laços voltaram a se deteriorar quando o Burundi enviou tropas para ajudar a combater os rebeldes do M23, apoiados por Kigali, no leste da RDC.

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