Foi uma pá de cal nos empreendedores a reunião virtual dos representantes do Ibama de Brasília com os diretores do consórcio Santa Quitéria, composto pela Galvani, que produz fertilizantes, e pela Indústrias Nucleares do Brasil, que pretendem extrair urânio na região de Santa Quitéria (CE).

A pauta era para definir uma data em dezembro para a realização de audiências públicas relacionadas ao projeto, que aguarda licença ambiental há 14 anos, mas os técnicos decidiram adiá-las para fevereiro de 2025 por três motivos que são a cara da burocracia do Brasil.

Três dos cinco técnicos afirmaram que dezembro e janeiro são meses de férias dos funcionários do Ibama e também período chuvoso, o que dificultaria as reuniões. Ainda revelaram que há um problema no site do instituto que pode deixar a página suscetível a ataques hackers.

Calados, outros dois membros do Ibama na reunião não esconderam o constrangimento, com cara de espanto. A jazida, segundo notícias do mercado, pode gerar 6 mil empregos diretos e produzir fertilizantes (demanda forte do agro) e urânio em escala nunca atingidos pelo País.