A ex-candidata conservadora à Presidência da Argentina Patricia Bullrich anunciou que apoiará “a mudança” representada pelo libertário Javier Milei, contra o candidato peronista Sergio Massa, no segundo turno da eleição presidencial, em 19 de novembro.

“Temos diferenças com Milei, por isso competimos. No entanto, enfrentamos o dilema da mudança, ou da continuidade mafiosa. A maioria escolheu a mudança, nós a representamos”, disse Bullrich durante coletiva de imprensa.

Terceira colocada no primeiro turno de 22 de outubro, com quase 24% dos votos (6,2 milhões), Bullrich esclareceu que não falava em nome de sua formação, o Partido Proposta Republicana (PRO, direita), nem da coalizão Juntos pela Mudança, integrada também pelos social-democratas da União Cívica Radical e da Coalizão Cívica.

“Ratificamos nossa defesa até o fim dos valores de mudança e liberdade. A urgência do tempo nos pede para não sermos neutros diante da continuidade do kirchnerismo através de Massa”, apontou a ex-candidata.

A dirigente política fez estas declarações após se reunir com Milei, que passou para o segundo turno após somar 30% dos votos no domingo, atrás de Massa (36%).

Acompanhada de seu companheiro de chapa, o radical Luis Petri, a ex-candidata destacou que seu apoio a Milei não significa um pacto para um eventual governo.

“Demos por encerrados certos enfrentamentos. Nós não falamos sobre o governo. Não estamos em um acordo, nem em um pacto com Javier Milei. Falamos sobre nossa postura frente à sociedade que votou em nós e que quer nos ouvir”, acrescentou.

A Juntos pela Mudança ainda não anunciou uma posição comum com vistas ao segundo turno da eleição presidencial. O presidente da União Cívica Radical, Ernesto Sanz, alertou que um apoio a Milei põe em risco a continuidade da coalizão.