ROMA, 26 MAR (ANSA) – A grife italiana Bulgari anunciou a doação de cerca de 200 mil frascos de álcool em gel para médicos, enfermeiros e equipes sanitárias da Itália que atuam no combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com uma nota divulgada à imprensa nesta quinta-feira (26), a marca de joias e relógios de luxo informou que fechou uma parceria com a ICR, seu histórico parceiro na produção de perfumes e fragrâncias especiais, para que a empresa produza seis mil frascos por dia por cerca de dois meses, até atingir a quantidade de produtos combinados com o governo italiano. “Acredito que como grande protagonista da economia e símbolo da Itália, a Bulgari tem a responsabilidade de contribuir com o esforço nacional para ajudar a prevenir, combater e enfrentar a Covid-19. Graças a nossa experiência no campo das fragrâncias, conseguimos desenvolver com a ICR um álcool em gel que será produzido na fábrica de Lodi, onde são normalmente feitas as nossas fragrâncias”, informou o CEO da maison, Jean-Christophe Babin.   

Ainda segundo Babin, a empresa está consciente da difícil situação que os italianos estão vivendo e “entendemos que é nosso dever contribuir com o nosso know-how e colocar à disposição as nossas estruturas de produção”. Essa é a segunda grande ação da Bulgari em meio à pandemia que assola a Itália. No início do mês, eles doaram cerca de 100 mil euros para o Instituto Spallanzani, em Roma, para que a entidade focasse na busca por remédios ou vacinas que pudessem ser usadas contra o Sars-CoV-2. O dinheiro foi usado para a compra de um microscópio 3D de alta definição.   

Além da grife de joias, outras grandes marcas da moda italiana também estão ajudando tanto na doação de dinheiro – como a Armani, Dolce & Gabbana, Gucci, Salvatore Ferragamo, Fendi e Celine – bem como na produção de máscaras e roupas especiais para médicos, enfermeiras e operadores sanitários – caso da Prada e da Ermanno Scervino. A Itália é o país que mais registra mortos na pandemia do coronavírus, com 7.503 mortes registradas. A nação também é a segunda em número de casos, com 74.386, pouco menos do que a China, que conta com 81.782 casos, mas que já anunciou o controle da epidemia internamente. No mundo, já são 487.648 contaminações e 22.030 mortes. (ANSA)