05/11/2024 - 13:08
A Polícia Federal (PF) executou nesta terça-feira (5) uma operação que investiga se o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, forçou um cartão durante um jogo do Campeonato Brasileiro para beneficiar alguns de seus familiares em apostas esportivas.
“Bruno Henrique é um dos alvos da operação”, confirmou à AFP o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), que desenvolveu a chamada Operação Spot-Fixing em conjunto com a PF.
As autoridades explicaram em nota que investigam a “possível manipulação do mercado de cartões, em partida de futebol válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A”.
As suspeitas se referem a um jogo em que o Flamengo foi derrotado pelo Santos por 2 a 1, em novembro de 2023, no qual Bruno Henrique recebeu cartão amarelo por uma falta e depois foi expulso por ofender o árbitro.
A PF informou que os “dados obtidos junto às casas de apostas” indicaram que as apostas suspeitas “teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração”.
Além do atacante do Flamengo, todos os supostos apostadores são alvo da operação, que investiga se foi violada a incerteza do resultado esportivo, um crime passível de pena de dois a seis anos de prisão.
Em sua conta no X, o Flamengo comunicou que “ao mesmo tempo em que apoiará as autoridades, dará total suporte ao atleta Bruno Henrique, que desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”.
Segundo o clube, o jogador “segue exercendo suas atividades profissionais normalmente” e vai viajar com a equipe a Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro pelo Brasileirão nesta quarta-feira.
A Operação Spot-Fixing incluiu 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em quatro cidades de Minas Gerais, terra natal de Bruno Henrique.
O irmão, a cunhada e uma prima do jogador teriam criado contas em casas de apostas virtuais um dia antes do jogo e apostado que ele receberia um cartão, um padrão que também foi detectado em contas de outros seis suspeitos.
As ordens de busca e apreensão incluíram a casa de Bruno Henrique no Rio, assim como seu quarto no centro de treinamento do Flamengo.
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