O Brasil conquistou mais uma medalha na natação do Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em Gwangju, na Coreia do Sul. Neste sábado, Bruno Fratus levou a prata nos 50 metros livre. Ele nadou a prova em 21s45, marca superior à que anotou na semifinal, e a mesma alcançada pelo grego Kristian Gkolomeev, o que fez os dois dividirem o segundo posto.

“É uma faca de dois gumes. Terceiro pódio seguido, quer dizer muito para mim, ser vice-campeão mundial de novo é grande, é enorme para mim. Por outro lado, queria nadar mais rápido, fazer 21 segundos dá para fazer, não é de outro mundo”, disse Fratus em entrevista ao Sportv.

O ouro foi para o norte-americano Caeleb Dressel, que confirmou o favoritismo ao completar a prova em 21s04 e quebrar o recorde da competição, que pertencia ao brasileiro César Cielo – o recorde mundial, de 20s91, ainda é de Cielo.

Fratus chegou ao Mundial com o então melhor tempo do ano, mas não foi capaz de superar Dressel neste sábado. Atual campeão mundial desta prova, o norte-americano é o grande destaque individual deste campeonato até agora. Ele já faturou sete medalhas na Coreia do Sul, seis delas de ouro, e uma de prata. No total, a maior estrela atualmente da natação mundial ostenta 13 ouros e uma prata em Mundiais.

A disputa começou com atraso. Os árbitros demoraram a chamar os competidores para o bloco, o que desconcentrou alguns deles. Fratus não fez uma bola largada, mas se recuperou na sequência para terminar em segundo e conquistar sua terceira prata em Mundiais.

Em 2017, em Budapeste, na Hungria, ele foi prata nos 50 metros livre e no revezamento 4×100 metros livre. Em 2015, em Kazan, na Rússia, o nadador brasileiro faturou o bronze nos 50 metros livre. Em Tóquio-2020, Fratus tentará sua primeira medalha olímpica. Ele foi finalista dos 50 metros livre em 2012 e 2016. Em Londres, bateu na trave ao chegar em quarto e, no Rio, terminou em sexto.

Nos 50 metros costas, Guilherme Guido não avançou à final por muito pouco. Na semifinal, o brasileiro ficou em sexto lugar em sua série, e em nono no geral. Ele anotou o tempo de 24s87 e não conseguiu um lugar na decisão da prova por apenas um centésimo. O russo Kliment Kolesnikov, que anotou 24s35, cravou a melhor marca.