Rio – Governar um estado quebrado financeiramente, situação do Rio de Janeiro, é tarefa árdua. Não basta somente trabalhar muito para conquistar números positivos. É preciso reverter a desesperança da população, após anos de desgovernos marcados pela corrupção, e driblar a falta de confiança sem receios de julgamentos. O que vejo nos primeiros meses do governo Wilson Witzel traduz perfeitamente esse cenário. Suceder anos de descaso em todos os níveis pode parecer impossível. Mas há uma luz no fim do túnel quando olhamos mais de perto o que já foi feito, embora ainda haja uma longa estrada a ser trilhada.

Não dá para menosprezar o esforço e êxitos no combate ao crime organizado. Em relação ao primeiro semestre do ano anterior, no âmbito da Polícia Civil, houve 71% de aumento na elucidação de todos os crimes, cresceu em 72% o número de autorias elucidadas, e ainda houve 36% de aumento na apreensão de fuzis. Junto às ações efetivas, estão sendo criadas unidades de Inteligência como o Departamento de Combate ao Crime Organizado, Corrupção e Lavagem de Dinheiro, que levarão adiante ações bem-sucedidas na luta contra o narcoterrorismo.

Há de se considerar ainda a preocupação com a formação de novos agentes de segurança pública. Desde o início do novo governo, 354 policiais civis e 996 policiais militares aprovados em concurso público já foram convocados para atuar no combate ao crime. No âmbito da Polícia Militar, houve aumento de 84% no número de apreensão de fuzis, expansão do programa Segurança Presente, e um novo patrulhamento nas rodovias estaduais foi implantado para diminuir arrastões nas principais vias que ligam a capital às diferentes regiões do Estado.

No campo econômico, mesmo amargando uma previsão de déficit orçamentário de R$ 13 bilhões para 2019, a equipe do governo Witzel vem pagando salários dos servidores dentro do prazo, mostrando habilidade na hora de gerir os recursos escassos de um estado que terminou 2018 em agonia. No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) conseguiu crescer 0,4%, obtendo a terceira alta seguida. Além de desburocratizar processos, diminuindo custos para o governo, a revisão de incentivos fiscais a empresas que descumpriram acordos com o Estado gerou a devolução de receitas da ordem de R$ 300 milhões aos cofres públicos.

Somente por essas evidências já teríamos motivos para acreditar que o Rio está mudando para melhor. E nessa caminhada de resgate do otimismo, a educação também dá sinais de fôlego com o estímulo à formação técnica, fundamental para gerar mão de obra qualificada e ampliar a oferta de emprego entre os jovens. Mais de 3.300 vagas de cursos técnicos foram abertas, além das inaugurações de polos tecnológicos em Mesquita e Barra do Piraí.

Sejam bem-vindos os que enxergam luzes no fim do túnel. Afinal, como cidadãos de bem, independente de posições ideológicas, temos que torcer para que o trem permaneça nos trilhos e possamos trilhar o caminho do desenvolvimento no Estado do Rio de Janeiro, em benefício das futuras gerações que, hoje, sofrem após anos de desmandos num estado pleno de oportunidades.

Bruno Dauaire é líder do PSC na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)