22/05/2021 - 17:36
Uma semana após a morte de Bruno Covas, o nome do tucano já batiza obras e projetos no Estado de São Paulo. Na capital, a entrega do Parque Augusta foi antecipada para junho e o local será renomeado em homenagem ao ex-prefeito, assim como o parque linear do Novo Rio Pinheiros, sob a administração João Doria (PSDB), e a Fábrica de Cultura, em São Bernardo do Campo.
Em visita ao Parque Augusta neste sábado, 22, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a entrega da obra no centro paulista foi antecipada de agosto para junho e vai se chamar Parque Augusta Bruno Covas. O parque era uma das principais marcas na gestão do tucano, que assinou a escritura da transferência de posse ao município em abril de 2019.
A previsão inicial de inauguração do Parque Augusta era até dezembro do ano passado, mas as obras foram paralisadas em janeiro a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que considerou o local de “grande potencial arqueológico”. Poucos meses depois, a área de 23 mil m² foi declarada “sítio arqueológico” após a descoberta de artefatos dos séculos 19 e 20 durante as escavações.
Também na capital, o ex-prefeito emprestará seu nome ao Parque Linear Bruno Covas, anunciado pela gestão João Doria como parte do complexo de lazer do programa Novo Rio Pinheiros, que pretende despoluir o rio até o final do próximo ano. A previsão é de que as obras sejam entregues até fevereiro, na margem oeste entre a sede do Pomar Urbano e a Ponte Cidade Jardim, em uma área de aproximadamente 8,2 mil metros de extensão.
Ainda na última quarta-feira, 19, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), sancionou uma lei para renomear a Fábrica de Cultura do município em homenagem ao ex-prefeito de São Paulo. “É uma homenagem ao meu amigo Bruno Covas, que deixou um legado de realizações para a cultura e aos jovens”, declarou Morando durante a cerimônia de assinatura.
Inaugurado em setembro, o local foi projetado ainda em 2012, sob a administração de Luiz Marinho (PT) e se chamaria inicialmente “Museu Lula”, ou “Museu do Trabalhador e do Trabalho”. Em 2016, entretanto, as obras foram embargadas pela Justiça Federal após denúncias do Ministério Público do Estado de São Paulo sobre irregularidades nos contratos.
Dois anos depois, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou o redirecionamento do espaço para o projeto Fábrica de Cultura, a pedido do atual prefeito. As unidades são As de acesso gratuito e programação focada na educação cultural e artística da comunidade onde estão inseridas. Atualmente, o espaço é administrado pela Organização Social Catavento Cultural e Educacional.