Sempre discreta sobre a sua vida pessoal, Bruna Marquezine abriu o coração e falou sobre o seu namoro com Neymar, com quem ficou, entre idas e vindas, de 2013 a 2018. Em sua participação no Quem Pode, Pod, a atriz falou sobre a dificuldade de teve em lidar com a mídia e boatos sobre sua vida na época em que começou a se relacionar com o craque, ainda aos 17 anos de idade.

“Eu amava trabalhar na infância, mas na adolescência comecei a sofrer. Porque ninguém te avisa que você não é mais criança, agora você é adolescente, agora você rende fofoca. Da noite pro dia você pegou meio Rio de Janeiro sem sair de casa”, disse, lembrando que na época estava interpretando a personagem Lurdinha, de Salve Jorge.

“Ela usava um top e um cinto. Fui muito objetificada na época. Todo o processo foi muito sofrido, ninguém te prepara para isso”, contou. “Naquele momento, não recebi o suporte que eu precisava de ninguém. Minha mãe não sabia o que fazer, todo dia era uma fofoca nova. Você já tem uma necessidade da idade de se reafirmar o tempo inteiro, você se preocupa com o que pensam a seu respeito, o que dizem sobre você. Isso naturalmente, na escola. Agora imagina na internet, para todo mundo ver, as pessoas falando o que você fez, que você é isso ou aquilo. Foi muito difícil.”

Bruna continuou: “Essa indústria é muito cruel às vezes. Estamos falando disso agora, naquele momento era naturalizado. Ninguém falava sobre saúde mental, objetificar uma mulher. Hoje entendo que as pessoas esperavam um comportamento meu de mulher, mas tinha acabado de fazer 18 anos. E eu não tinha essas respostas, não sabia o que fazer. Tive raiva da mídia por muito tempo.”

Ela seguiu, lembrando como seu namoro com Neymar aumentou ainda mais a pressão e sobre sua decisão de não tentar ser “perfeita” para a mídia. “Logo depois disso tudo, junto com a Lurdinha, eu comecei a namorar outra pessoa muito famosa, e não era uma escolha nossa se o relacinamento seria exposto ou não, simplesmente era. Fui entendendo muita coisa e não entendendo nada também. Quando chegou no fim, saí muito mais forte, mas muito machucada também. Foi um processo natural, fui entendendo que muito mais valia ser um exemplo real do que uma ‘perfeição’, que a gente sabe que não existe.”

Bruna completou: “Tentava me enquadrar e tentar vender uma personalidade perfeita, num namoro perfeito, quando na verdade a gente terminava e voltava uma vez por mês, meu emocional estava no pé. Não tinha nada de anormal na minha vida para uma menina de 18 anos, mas eu estava em uma lupa e isso rendia, e rende até hoje, cliques e vendas. Mas fui entendendo que não conseguia ser esse personagem e não tenho a menor paciência para ele.”