Com bom humor e espontaneidade, a skatista Karen Jonz tem chamado atenção atuando como comentarista esportiva na cobertura do SporTV nas Olimpíadas de Tóquio. Karen destacou a emoção ao ver as skatistas brasileiras, ressaltou a boa recepção com o público jovem nas redes sociais com seu estilo espontâneo e revelou bronca da produção.

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– Eles pediram para eu segurar um pouco. A gente estava muito à vontade ali, então, às vezes, eu até esquecia que estava na TV – pontuou, em entrevista ao UOL Esportes, e também ressaltou que os comentários precisam ser técnicos, além de descontraídos:

– Mas o técnico é importante também. Fiquei pensando muito nisso: que legal que está todo mundo achando engraçado, mas não é um stand-up, não é uma piada. É uma coisa muito séria. Eu estava prestando muita atenção para equilibrar esse papel de estar relaxado, divertido, porque o skate é isso, mas também não dá para esculachar, tem que manter uma compostura, um respeito em relação às meninas que estavam ali, aos caras. Tentei seguir isso, seguir meu coração, e deu certo – ressaltou.

EMOÇÃO COM COMPATRIOTAS
Acompanhada do narrador Sérgio Arenillas e do skatista Rony Gomes, Karen destacou a emoção ao ver as compatriota Pâmela Rosa, Letícia Bufoni e Rayssa Leal. Chorou com os erros de Letícia e com a prata de Rayssa, mas torceu para skatistas de todas as nacionalidades.

– A gente tem a cultura de torcer para todo mundo errar. Foi um pouco estranho para os espectadores entenderem por que eu estava torcendo para a americana acertar, para a filipina acertar. A galera da internet achou que eu estava contra, mas não: no skate, a gente tem a cultura de torcer para todo mundo acertar, e que vença o melhor – disse Karen, que mora em São Paulo, mas veio para o Rio de Janeiro para a cobertura da competição.

Confira outros trechos da entrevista:

SUCESSO NAS REDES SOCIAIS
– A molecada estava mandando mensagem: estou colocando no SporTV, porque está muito divertido lá. Virou uma comunidade, parecia amigos assistindo juntos e comentando.

INFORMAÇÃO E ENTRETENIMENTO
– Fui lá para comentar, com o coração e uma missão de levar informação sobre as meninas, que eu conheço, porque acompanho o skate feminino desde o começo. Então, eu queria levar informação. Eu não esperava que levasse entretenimento.

LINGUAGEM DIVERTIDA E DIDÁTICA
– Gosto muito de comunicação, de traduzir sensações para palavras que as pessoas consigam entender. A galera estava até falando: vou precisar de uma tecla SAP, é muito difícil entender os nomes das manobras. Ao mesmo tempo, você não precisa entender tudo o que está acontecendo para olhar e achar legal.