(Reuters) – A estrela do basquete norte-americano Brittney Griner, que na sexta-feira deixou um centro médico do Exército dos Estados Unidos, onde estava se recuperando após ser libertada de uma colônia penal russa como parte de uma troca de prisioneiros, disse que trabalhará para ajudar a trazer outros norte-americanos detidos de volta para o país e planeja retomar sua carreira na WNBA.
Griner, duas vezes medalhista de ouro olímpica e oito vezes All-Star da WNBA, a liga feminina de basquete dos EUA, deixou o Brooke Army Medical Center uma semana depois de chegar a Fort Sam Houston, no Texas, informou a CNN.
“Os últimos 10 meses foram uma batalha a cada passo. Eu cavei fundo para manter minha fé e foi o amor de muitos de vocês que me ajudou a continuar”, disse ela em sua primeira declaração pública desde que voltou aos Estados Unidos.
“Presidente Biden, você me trouxe para casa e sei que está empenhado em trazer Paul Whelan e todos os norte-americanos para casa também”, disse ela, referindo-se ao ex-fuzileiro naval dos EUA ainda está detido na Rússia. “Usarei minha plataforma para fazer o que puder para ajudá-lo.”
Griner chegou ao centro médico na última sexta-feira, depois que autoridades norte-americanas garantiram sua liberdade da Rússia em troca do traficante de armas russo Viktor Bout.
Griner, de 32 anos, foi presa em 17 de fevereiro em um aeroporto nos arredores de Moscou por carregar cartuchos de vapor contendo óleo de haxixe em sua bagagem.
Ela foi posteriormente condenada por tráfico de drogas e transferida para uma das mais notórias colônias penais da Rússia, onde ex-detentos descreveram tortura, espancamentos e condições de trabalho escravo.
Griner disse que planeja voltar para sua equipe na WNBA.
“Pretendo jogar basquete pelo Phoenix Mercury da WNBA nesta temporada e, ao fazê-lo, espero poder agradecer a todos que defenderam, escreveram e postaram para mim pessoalmente em breve”, ela disse.
(Reportagem de Brendan O’Brien em Chicago e Amy Tennery em Nova York)