06/02/2022 - 5:31
As pessoas em frente ao Palácio de Buckingham são unânimes: a rainha Elizabeth II, que celebra este domingo (6) 70 anos de reinado, “une as pessoas” e “encarna os valores do país”.
John Paul tem 22 anos e trabalha na política. Parece “fantástico” que Elizabeth II reine por tanto tempo porque “permite realmente unificar o país e aproximar as pessoas”.
Ele diz que ela é uma rainha “muito popular” com quem “três gerações têm uma espécie de conexão”.
Alguns súditos entrevistados pela AFP dizem que não são monarquistas, mas todos respeitam a rainha de 95 anos que dedicou sua vida a servir a Coroa britânica e que a consideram um modelo de integridade.
“Confesso que não sou muito monarquista porque minha cultura e origem são do norte e tenho raízes irlandesas”, diz Helen Chadwick, aposentada de 60 anos.
“Mas neste momento, se há uma pessoa que encarna os valores do país, é Sua Majestade a Rainha”, acrescenta.
Elizabeth II, que raramente apareceu em público desde que sofreu problemas de saúde em outubro, é de longe o membro mais popular da família real, com 76% de opiniões favoráveis, de acordo com uma pesquisa do YouGov.
“O país passou por um período muito difícil. Uma coisa que eu pensei especialmente durante a primeira onda da pandemia, durante o primeiro bloqueio, é que as pessoas viram a rainha quando ela deu seu discurso à nação”, diz John Paul em referência ao discurso televisionado da rainha em abril de 2020, quando ela pediu aos britânicos resiliência diante do coronavírus.
“As pessoas realmente recorrem à monarquia e à rainha em tempos de crise”, completa.
– Uma instituição –
David Newell, um educador de 33 anos, a chamou de “instituição”.
“Vivemos no Reino Unido, sou britânico e (ela) é uma instituição britânica” que “é parte importante do país”, disse Newell.
“Estou feliz por ter alguns dias de folga também”, comemorou em referência ao feriado de quatro dias em junho para as festividades que marcarão o jubileu de platina de Elizabeth II.
No entanto, ele considera que ainda há muito a ser feito para modernizar a monarquia.
Bill e Ann Stack, de 60 anos, aposentados das forças armadas, aguardam com certa impaciência o grande desfile militar que abrirá as festividades em 2 de junho, com mais de 200 cavalos, 1.400 soldados e 400 músicos.
“Somos veteranos, então servir à rainha e ao país e vê-la passar por essa fase é absolutamente fantástico”, diz Ann.
“Ela é totalmente profissional (…) Isso é o que nos dá a nossa grandeza porque, no final das contas, sempre temos nossa realeza, sempre temos nossa família real, principalmente a rainha”, embora a política mude todas as tempo, pontua.
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