Em uma final de nível extremamente elevado, com seis montarias em um desempate para definir as medalhas, o britânico Nick Skelton, 58 anos, conquistou o ouro na prova de saltos individual do hipismo nos Jogos Olímpicos Rio-2016 nesta sexta-feira.

A disputa foi tão acirrada que a medalha de ouro foi definida apenas por tempo no desempate.

Skelton, com o cavalo Big Star, zerou o percurso do desempate com o tempo de 42 segundos e 82 centésimos.

O sueco Peder Fredricson, que também completou o percurso sem falhas com o cavalo All In, levou a prata por ter completado a prova em 43.35.

O bronze também foi definido por tempo: o canadense Eric Lamaze (Fine Lady 5), campeão da prova em Pequim-2008, e o suíço Steve Guerdat (Nino Des Buissonets), campeão da prova em Londres-2012, completaram o percurso do desempate com apenas uma falha (4 pontos), mas o canadense ficou em terceiro lugar por tempo (42.09 contra 43.08).

Seis cavaleiros conseguiram zerar o percurso nas duas passagens, de manhã e à tarde, o que não foi suficiente para definir o pódio e forçou o retorno para um incrível desempate.

O público, que compareceu em bom número ao Centro Olímpico de Hipismo, não teve do que reclamar, apesar da falta de brasileiros na disputa por medalhas

Os outros participantes do desempate foram Sheikh Ali Al Thani (First Devision), do Catar, e o americano Kent Farrington (Voyeur), que cometeram duas falhas (8 pontos) no percurso reduzido para a definição do pódio.

Brasil longe do pódio

O Brasil saiu dos Jogos Olímpicos Rio-2016 sem medalhas no hipismo. Na última oportunidade, na prova desta sexta-feira, os representantes do país ficaram longe do pódio.

Pedro Veniss e Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, até conseguiram superar a primeira passagem, durante a manhã, e retornaram para a segunda volta à tarde.

Doda zerou o percurso à tarde, com Cornetto K, mas havia cometido uma falha durante a manhã e acumulou 4 pontos perdidos.

Veniss, com Quabri De L’Isle, também chegou à tarde com 4 pontos perdido. Na segunda volta, ele excedeu o tempo limite e terminou a final com 5 pontos.

Mais cedo, Eduardo Menezes, com Quintol, cometeu duas falhas durante a primeira passagem, acumulou oito pontos perdidos e foi eliminado da segunda volta.

O Brasil já conquistou três medalhas no hipismo olímpico: ouro para Rodrigo Pessoa na prova individual de saltos em Atenas-2004 e bronze nos saltos por equipes em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

Mas a participação brasileira nos Jogos Rio-2016 foi marcada por polêmicas: Pessoa foi convocado como reserva pelo técnico da equipe, o americano George Morris.

O americano considerou que a égua (Cadjanie) com a qual Pessoa competiria no Rio não correspondia às expectativas e deixou a montaria como reserva.

Sem concordar com a condição de reserva, Pessoa abriu mão de disputar os Jogos Olímpicos. O cavaleiro, que foi porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura em Londres-2012, participaria de sua sétima Olimpíada.

Para o lugar de Pessoa, Morris convocou Stephan Barcha, que foi desclassificado da competição por equipes e individual na terça-feira, depois que o exame obrigatório da comissão de veterinários atestou que o brasileiro abusou do uso da espora em seu cavalo, Landpeter do Feroleto.

Na prova por equipes, sem poder contar com uma nota de descarte, já que apenas Doda, Veniss e Menezes fizeram o percurso após a eliminação de Barcha, o Brasil terminou na quinta posição.

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