A BRF registrou prejuízo líquido de R$ 784 milhões no quarto trimestre de 2017, ante um prejuízo líquido de R$ 442 milhões em igual período de 2016. A BRF atribuiu o resultado ao “lançamento de diversas provisões operacionais excepcionais”. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 499 milhões de outubro a dezembro do ano passado, uma queda de 13,4% ante igual intervalo de 2016 (R$ 559 milhões). A margem Ebitda passou de 6,7% para 5,6%.

A receita líquida da BRF somou R$ 8,901 bilhões no quarto trimestre de 2017, alta de 3,6% na comparação com o mesmo período de 2016 (R$ 8,59 bilhões). Segundo a empresa, a alta é explicada pelos maiores volumes comercializados sobretudo no mercado doméstico e no Cone Sul, e pelo preço médio que apresentou um leve aumento.

Na mesma base de comparação, o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 623 milhões, um aumento de 3,9% em relação ao resultado também negativo em 2016 de R$ 600 milhões.

Em relatório, o CEO da companhia, José Aurélio Drummond, afirma que, ao longo do ano, a empresa realizou alterações em sua administração que, atualmente, é composta por um time de executivos que “combina vasta experiência em gestão e profundo conhecimento da empresa e do setor”. Segundo a BRF, a partir do segundo trimestres de 2017 a empresa começou a retomar participação de mercado, atingindo 55,3% no final do ano.

A BRF apresentou no relatório o conceito de Ebitda Ajustado. “A intenção da Companhia é prover mais detalhes sobre os efeitos que impactam suas atividades e como a mesma avalia suas linhas de negócio.” A BRF considerou efeitos como o da Operação Carne Fraca para este cálculo, por exemplo. Desta forma, o Ebitda ajustado ficou em R$ 645 milhões no quarto trimestre de 2017, ante R$ 466 milhões em igual período de 2016.

2017

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No total de janeiro a dezembro do ano passado, o prejuízo líquido da BRF foi de R$ 1,099 bilhão, contra prejuízo líquido de R$ 367 milhões em 2016.

O Ebitda ficou em R$ 2,654 bilhões no ano, 22,3% menor que a de 2016, de R$ 3,418 bilhões. Neste período, a margem Ebitda recuou de 10,1% para 7,9%.

Em 2017, a receita líquida totalizou R$ 33,469 bilhões, uma queda de 0,8% contra os R$ 33,733 bilhões de 2016.

No acumulado do ano de 2017, o resultado financeiro foi negativo em R$ 2,082 bilhões, contra R$ 2,133 bilhões em 2016.


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