O IMA (Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas) autuou a empresa Braskem em mais de R$ 72 milhões pelos possíveis danos que serão causados pelo iminente colapso da Mina 18, que fica em Maceió (AL). Segundo informações da própria organização, desde 2018, a companhia responsável pela estrutura que pode desabar já foi multada 20 vezes.

+ Cresce ritmo de afundamento do solo em mina da Braskem em Maceió

+ Braskem cancela participação na COP28 diante do risco de colapso de mina em Maceió

Entenda o caso:

  • De acordo com o IMA, a primeira autuação é referente à degradação ambiental decorrente de atividades que afetam a segurança e o bem-estar da população. Neste caso citado, a multa é de R$ 70 milhões;
  • A área em questão, que corre risco de desabamento devido às instalações da Mina 18, já foi estudada e um dano à natureza constatado;
  • Segundo o órgão, a Braskem também responderá por omissão de informações sobre a obstrução da cavidade, detectada no dia 7 de novembro.

Nesta segunda-feira, 4, o afundamento do solo da mina da Braskem voltou a acelerar de acordo com informações da Defesa Civil de Maceió. A circulação de pessoas e veículos no bairro Mutange continua proibida, e 23 famílias que ainda estavam na área foram removidas compulsoriamente, seguindo uma determinação da Justiça Federal.

O colapso da estrutura pode representar o maior desastre urbano e ambiental da história do Brasil, gerando uma cratera maior do que o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. De acordo com o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, a situação “não é tão grave” e o solo está “se acomodando”.