Brasileiros do tiro com arco estreiam em Tóquio no dia da cerimônia de abertura

Brasileiros do tiro com arco estreiam em Tóquio no dia da cerimônia de abertura

As competições de tiro com arco dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 começam nesta sexta-feira, no Parque de Yumenoshita, localizado no distrito de Yumenoshita, em Koto, a leste da capital Tóquio, no mesmo dia da cerimônia de abertura. O Time Brasil conta com dois jovens arqueiros, porém não inexperientes. Ane Marcelle e Marcus D’Almeida estiveram no Rio-2016 e vão disputar o evento pela segunda vez consecutiva.

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Com lições aprendidas, eles chegam a Tóquio cercados de metas, orgulhos e expectativas. “Estou muito orgulhosa da minha trajetória, de ser a primeira atleta negra do tiro com arco a disputar os Jogos Olímpicos pelo Brasil. Quero fazer bonito aqui como fiz em 2016”, disse a carioca, de 27 anos, que tem o melhor resultado do Brasil no tiro com arco da história: a nona colocação no Rio-2016.

Ane Marcelle se classificou para Tóquio ao conquistar o Campeonato Pan-Americano da modalidade, em junho deste ano, em Monterrey, no México. O caminho que percorreu até chegar ao Japão, como o de muitos atletas brasileiros, foi com obstáculos, mas também de aprendizado.

“No começo da pandemia eu fiquei 5 meses sem atirar, o nosso Centro de Treinamento foi fechado, isso atrapalhou um pouco a preparação. Mas, também, eu tirei um pouco da pressão e pude dar uma relaxada e isso acabou ajudando a conquistar a vaga para os Jogos”, contou a atleta, que vai competir nas provas individual e de equipe mista, essa ao lado de Marcus D’Almeida, dupla que, por sinal, foi medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, no Peru.

Para chegar a Tóquio, o percurso do também carioca Marcus D´Almeida foi diferente. Ele assegurou a vaga ao conquistar a medalha de prata no Pan de Lima. A trajetória esportiva até aqui também tem diferenças. Foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim-2014 – no mesmo ano foi vice-campeão mundial júnior – e chegou ao Rio-2016, dois anos depois, com a expectativa lá em cima por uma medalha, apesar de ter apenas 18 anos.

“Acho que pulei algumas etapas e não cheguei aos Jogos do Rio do jeito que eu gostaria. Hoje eu entendo o que foi disputar uma edição dos Jogos, o tamanho de tudo aquilo, e estou mais maduro. Estou aqui em Tóquio pronto para fazer o que eu treinei, da melhor forma possível, pensando sempre coisas positivas”, analisou o atleta, hoje com 23 anos, que, assim como Ane Marcelle, vai competir na prova individual e nas duplas mistas.