Um brasileiro de 24 anos desapareceu nosábado, 7, durante o ataque do Hamas a Israel. Ranani Glazer estava em uma festa rave, perto da fronteira com Gaza, acompanhado pela namorada e um amigo momentos antes de membros do grupo extremista invadirem o país. Segundo o jornal Times of Israel, 260 corpos foram encontrados no local depois do início dos conflitos.

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Resumo:

  • Ranani estava na festa com a namorada e um amigo, até que os ataques do Hamas começaram;
  • Os três foram em busca de um abrigo e se alocaram em um bunker nas proximidades, assustados devido às explosões;
  • Depois de horas, a companheira do desaparecido foi resgatada pelas forças de segurança, mas não conseguiu encontrá-lo novamente.

De acordo com a namorada de Ranani, Rafaela Treistman, assim que os ataques começaram eles foram em direção a um abrigo. “Achamos que ia ficar tudo bem porque no bunker, os mísseis não seriam problema. Mas o lugar começou a entupir de gente, não dava para se mexer”, relatou a mulher em entrevista à CNN.

Granadas de gás de efeito moral passaram a ser arremessadas dentro do bunker, uma seguida da outra, segundo Rafaela. “Tinham vários feridos lá dentro, tentamos ligar para a polícia e estávamos literalmente nos defendendo com os corpos das pessoas que morreram”.

Depois de algumas horas, a polícia retirou Rafaela e o amigo do abrigo, mas não encontraram Ranani. “Eu só queria saber se ele está bem, rezando para que ele esteja em um hospital e só não tenha conseguido avisar a gente”, concluiu.

Em entrevista ao Fantástico, o amigo do casal Rafael Zimerman declarou que eles eram apenas jovens festejando a vida. “Eu lembro que (dentro do bunker) gritavam ‘granada’ em hebraico e tentavam jogar de volta os objetos, mas era inútil”. Ele também conta que fingiu estar morto durante horas para sobreviver. O homem ficou ferido com estilhaços nas costas após o ocorrido.

Ranani Glazer compartilhou uma série de stories mostrando toda a situação no seu Instagram. “Pelo menos a gente tá no bunker agora seguro, vamos esperar dar uma abaixada nisso. Cara, foi cena de filme agora, a gente correndo quilômetros para achar um lugar para se esconder”. Ele já tinha servido durante três anos no exército israelense.