Um brasileiro entrou para a lista de procurados nos EUA por ser apontado com uma das principais lideranças do coletivo “Terrorgram”, organização classificada como terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA por promover supremacia branca, orquestrar ataques e ensinar métodos violentos aos seus membros.
O grupo se organiza por meio de canais no Telegram. O brasileiro Ciro Daniel Amorim Ferreira é descrito como administrador de um desses grupos. Outros citados pelo governo norte-americano são o croata Noah Licul, apontado como membro sênior do “Terrorgram”, e o sul-africano Hendrik-Wahl Muller. Ambos foram classificados como “Terroristas Globais Especialmente Designados”.
+ Entenda o que é terrorgram, rede de extrema-direita classificada como terrorista
O Departamento de Estado disse que o grupo motivou e facilitou ataques e tentativas de ataques por parte dos usuários, incluindo um tiroteio em 2022 do lado de fora de um bar LGBTQ na Eslováquia, um ataque planejado em 2024 contra instalações de energia em Nova Jersey e um ataque com faca em agosto em uma mesquita na Turquia.
“O grupo promove o supremacismo branco violento, solicita ataques a adversários percebidos e fornece orientação e materiais de instrução sobre táticas, métodos e alvos para ataques, incluindo infraestrutura crítica e funcionários do governo”, disse o Departamento de Estado.
Por conta disso, o governo norte-americano adotaram ações para congelar todos os ativos do grupo nos EUA e impede os norte-americanos de negociar com ele.
Em setembro promotores dos EUA revelaram acusações criminais contra dois supostos líderes do grupo, dizendo que eles usaram o Telegram para solicitar ataques contra negros, judeus, pessoas LGBTQ e imigrantes com o objetivo de incitar uma guerra racial.
Em abril, o Reino Unido disse que iria banir o coletivo Terrorgram como uma organização terrorista, o que significa que se tornaria uma ofensa criminal no país pertencer ou promover o grupo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tem protestado no cargo contra a supremacia branca.
Em 2021, Biden lançou a primeira Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo Doméstico dos EUA, que incluiu recursos para identificar e processar ameaças e novos impedimentos para evitar que os norte-americanos se juntem a grupos perigosos.
*Com informações da Reuters