Autoridades egípcias prenderam no último domingo (30) o médico brasileiro Victor Sorrentino em Luxor, no Egito. O gaúcho é suspeito de assediar uma vendedora muçulmana e publicar o conteúdo nas redes sociais. A denúncia foi feita pelo ativista Antonio Isuperio e pelo empreendedor Fabio Iorio, com a colaboração de mais de 2 mil mulheres. A prisão do médico foi confirmada pelo Ministério do Interior egípcio e divulgada pela CNN do país. De acordo com o comunicado, o órgão alega que  “os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e foram capazes de deter o turista brasileiro”.

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Nas imagens, o médico emite uma frase de dupla interpretação ao comprar papiro, uma folha feita de madeira, muito utilizada na antiguidade para escrever. Os comentários, considerados sexistas, tomaram outras proporções já que a vítima não fala português e por consequência não sabia o que o médico estava falando.

“Vocês gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”, disse o médico gaúcho. “O papiro comprido.”.

“Si”, respondeu a mulher, em espanhol, sem entender as palavras de Sorrentino.

“Tá! Maravilha”, responde o brasileiro.

Com a repercussão negativa em suas redes sociais, Victor tentou justificar o ato dizendo que é “um cara muito brincalhão”.

O caso chegou a ficar entre os assuntos mais comentados nas redes do Egito com a hashtag “Responsabilize os assediador brasileiro”.

No Egito, o assédio sexual é considerado crime desde 2014 e pode acarretar em multa ou pena de seis meses a três anos de prisão.