SÃO PAULO, 24 JUN (ANSA) – A brasileira Juliana Marins, que sofreu um acidente no entorno do vulcão Rinjani, na Indonésia, e permaneceu à espera de resgate por quatro dias, não resistiu e faleceu.
A informação foi divulgada pela família nas redes sociais nesta terça-feira (24), após as equipes de resgate chegarem ao local onde a jovem caiu.
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, diz a publicação.
A família da brasileira enfatiza que segue muito grata “por todas as orações, mensagens de carinho e apoio” que tem recebido.
Poucas horas antes da confirmação, o Ministério do Turismo local já havia dito que Juliana estava em “estado terminal”, de acordo com avaliação das equipes de resgate.
Mais cedo, a direção do Parque Nacional do Monte Rinjani relatou detalhes da força-tarefa para resgatar a brasileira e afirmou que sete socorristas conseguiram chegar perto do local onde ela estava, mas precisaram voltar ao acampamento improvisado móvel porque estava anoitecendo e a densa neblina na região dificultava a operação. Segundo o comunicado, a mobilização havia se concentrado na descida direta até o local da vítima usando técnicas de resgate vertical, embora o terreno íngreme e as condições climáticas ainda representassem grandes desafios.
O acampamento improvisado está localizado no caminho entre o topo da trilha e o ponto onde Juliana foi vista pela última vez.
Juliana tinha 26 anos, e era de Niterói, no Rio de Janeiro. Ela decidiu viajar sozinha pela Ásia, passando por Filipinas, Vietnã e Tailândia até chegar à Indonésia, no fim de fevereiro.
No país, ela se juntou a um grupo de cinco turistas, incluindo a italiana Federica Matricardi, e um guia para escalar o Monte Rinjani, com mais de 3 mil metros de altura.
De acordo com as autoridades locais, Juliana despencou cerca de 300 metros abaixo da trilha, perto do ponto mais alto da montanha. Horas depois, ela foi localizada com a ajuda de um drone, presa em uma fresta de uma pedra, com dificuldade para se movimentar.
Desde então, a família da brasileira estava divulgando os esforços para o resgate na trilha do Monte Rinjani, considerada uma das mais difíceis para turistas na Indonésia. A Agência Nacional de Busca e Resgate local (Basarna) chegou a relatar que a demora em iniciar a operação de salvamento ocorreu porque as autoridades só foram informadas sobre o caso após um dos integrantes do grupo descer até um posto, em uma caminhada que levou horas. (ANSA).