Késia Costa se mudou para Portugal, na Europa, em 2020, e trabalhou em diversas áreas antes de decidir ajudar mais de 400 brasileiros a realizar o sonho de viver fora do Brasil.
“Foram dias confusos, nosso dinheiro acabando, somente meu marido trabalhando e eu passando a dura crise do regresso laboral causado pela pandemia. Sabia que ia passar, que tinha escolhido um país onde as pessoas são mais formais, mas também sabia que estava ali pra ter o melhor dessa terra. Tentei a área estética, mas acabei me identificando mais em fábricas. Trabalhei como embaladora de móveis e na linha de produção de fábricas. O trabalho era bem duro, mas eu precisava aguentar”, lembra Késia, que costumava postar fotos nas redes sociais dos momentos da lazer no país.
“Quando eu postava alguma foto, sempre me faziam perguntas, e eu sempre passava um breve passo a passo de como são as coisas aqui. Conhecendo várias histórias e famílias percebi que existe uma grande dificuldade para a maioria das pessoas nesse sentido. Foi, então, que meu sobrinho me disse: ‘tia, por que você não vende passagens aéreas?'”, recorda ela, que, primeiramente, investiu em uma franquia de passagens aéreas.
“O negócio já havia tomado uma grande proporção, pois, além das vendas de passagens, acabava explicando que não havia necessidade de passar por processos mais difíceis, mas, sim, já chegar com algum tipo de visto. Assim, passei a ajudar nas diversas formas de legalização e resolvi abrir uma empresa e me especializar no assunto”, conta a brasileira, abriu a Legalize Já e passou a atuar como assessora migratória. “Tirar um documento aqui era uma confusão pois cada um acaba dizendo uma coisa. As leis e decretos mudam o tempo todo e, foi por isso, que resolvi montar uma empresa de assessoria. Acredito que, sem parceria, a gente não cresce”, pontua.
“Em menos de 6 meses, consegui ajudar mais de 400 pessoas, entre vistos e legalizações. Então, foi assim que comecei a empreender aqui. Hoje, somos uma equipe de 4 agentes de viagens e 2 assessoras. Criei um escritório virtual para que cada um do seu cantinho pudesse atender, vender, assessorar e ainda estar em home office”, orgulha-se.
Segundo a especialista, o custo legalizar a vida em Portugal pode ser de 160 euros a 1300 euros. “Consigo proporcionar ao nossos clientes uma migração segura para qualquer um que queria viver de forma legal no país”, garante.