SÃO PAULO, 30 OUT (ANSA) – Uma das três vítimas do atentado terrorista ocorrido nesta quinta-feira (29) em Nice, na França, era brasileira. Simone Barreto, 44 anos, morava na Europa desde 1995 e tinha cidadania francesa, trabalhando como cuidadora de idosos.   

Segundo relato de testemunhas, Barreto foi a mulher que conseguiu sair da igreja e pedir ajuda em um restaurante próximo à Basílica de Notre-Dame, mas faleceu ainda no local. Em entrevista à “France Info”, o dono do estabelecimento, Brahim Jelloule, relatou que a franco-brasileira já chegou “completamente ensanguentada” e que foi ele quem chamou a polícia para relatar o ataque.   

“O governo brasileiro informa, com grande pesar, que uma das vítimas fatais era uma brasileira de 44 anos, mãe de três filhos, residente na França. O presidente Jair Bolsonaro, em nome de toda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e governo franceses”, publicou em nota o Ministério das Relações Exteriores.   

Ainda no comunicado, o Itamaraty informou que está prestando assistência à família de Barreto através do Consulado-Geral de Paris.   

O que se sabe até o momento é que quem cometeu o ataque foi um homem tunisiano de 21 anos chamado Brahim Aoussaoui, que chegou à Europa através do porto italiano de Lampedusa em 20 de setembro. As autoridades agora tentam reconstituir os passos do autor dos assassinatos para entender como ele chegou tão rapidamente à França sem ser notado por serviços de Inteligência.   

Além das três vítimas, duas mulheres e um homem – que era o sacristão da igreja -, diversas pessoas ficaram feridas.   

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Aoussaoui iniciou o ataque por volta das 8h30 (hora local), gritando palavras em árabe, e foi preso pelos policiais que atenderam o chamado. Segundo contou aos agentes, agiu sozinho.   

A França voltou a ficar em alerta máximo para ataques terroristas após uma série de episódios recentes registrados em Paris, como a decapitação do professor de história Samuel Paty e o esfaqueamento de quatro pessoas em frente à antiga sede do jornal satírico “Charlie Hebdo”. Além disso, um discurso do presidente Emmanuel Macron defendendo a liberdade de expressão irritou os países muçulmanos, voltando a elevar a tensão religiosa com os islâmicos. (ANSA).   


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