Brasil

A manifestação em frente ao MASP reuniu 15 mil pessoas e teve como foco inicial pautas econômicas, como a taxação dos super-ricos e o fim da escala 6x1. Com a nova sobretaxa dos EUA sobre produtos brasileiros, o ato também se voltou contra Bolsonaro e o governador Tarcísio. Discursos inflamados, como os de Guilherme Boulos, reforçaram a oposição ao Centrão, à extrema-direita e ao Congresso.

O presidente Lula defendeu que o Brasil se una a outros países afetados por tarifas dos EUA para recorrer à OMC contra a nova taxa de 50% imposta por Donald Trump. Segundo ele, o Itamaraty e o MDIC já estão em diálogo com os EUA e estudam medidas diplomáticas e legais. Lula também reiterou o interesse dos Brics em criar uma moeda alternativa ao dólar para o comércio internacional.

O ministro Gilmar Mendes defendeu a atuação do STF frente a ataques institucionais, destacando o papel da Corte na resistência democrática brasileira. Ele criticou as declarações de Donald Trump, que impôs tarifas ao Brasil e acusou o STF de censura e perseguição a Bolsonaro. Mendes afirmou que o Brasil vive uma situação inédita de desinformação, ataques à Justiça e ameaças à ordem constitucional.

A promessa de Trump de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, em apoio a Bolsonaro, gerou forte rejeição nas redes sociais, frustrando a estratégia bolsonarista. Segundo levantamento, 78% das menções criticam a medida e a atuação da família Bolsonaro, especialmente Eduardo, que busca sanções contra o Brasil nos EUA. Comentários destacam soberania nacional, responsabilizam aliados de Bolsonaro e apontam incoerência dos “patriotas” ao apoiarem punições ao país.

O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu ao aumento de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros, atribuindo a decisão à política externa do governo Lula e criticando o STF. Ele declarou apoio a Donald Trump, alegando perseguição política e risco à liberdade no Brasil. Em resposta, Lula prometeu retaliar com base na Lei de Reciprocidade Econômica.

O presidente Lula afirmou que buscará diálogo com Donald Trump para reverter a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, mas prometeu retaliação proporcional se não houver acordo. Ele criticou a carta pública de Trump como uma "afronta" à soberania do Brasil e responsabilizou Bolsonaro pela crise. O governo deve usar a Lei da Reciprocidade e pode acionar a OMC; um decreto regulamentando a resposta está previsto para os próximos dias.

Milhares de pessoas protestaram na Avenida Paulista pedindo a taxação dos super-ricos, o fim da escala de trabalho 6x1 e criticando tarifas impostas ao Brasil por Donald Trump. O ato, organizado por frentes populares e sindicatos, também aconteceu em outras capitais do país. Líderes políticos destacaram o apoio ao governo Lula e a resistência ao Congresso, enquanto os manifestantes coletavam assinaturas para um plebiscito popular.

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