Brasil vence Japão com show de joia de 19 anos, retorno de Marta e 33 mil pessoas em Itaquera

A seleção brasileira venceu o Japão por 3 a 1, nesta sexta-feira, em amistoso que marcou o retorno de Marta, após nove meses, frente a 33 mil torcedores em uma noite fria na Neo Química Arena, em Itaquera. Sem defender o Brasil desde a prata na Olimpíada de Paris-2024, a Rainha do Futebol iniciou no banco de reservas e, de lá, viu Dudinha, estrela de 19 anos, do São Paulo, anotar dois gols ainda no primeiro tempo.

Marta também assistiu fora de campo ao terceiro gol brasileiro, marcado por Kerolin, e um pênalti defendido por Lorena, durante o segundo tempo. Foi a campo no minuto 28 e levou perigo à meta japonesa, mas não balançou a rede.

O Brasil começou a partida com bastante volume de jogo no ataque, liderado pela joia são-paulina Dudinha. Em uma das investidas, na esteira de uma falha japonesa, a meia-atacante caiu na área e, no contra-ataque, as adversárias abriram o placar. A equipe do VAR, contudo, orientou o árbitro argentino Roberto Echeverria reavaliar a jogada.

Na revisão pelo televisor, Echeverria entendeu que Dudinha foi derrubada, anulou o gol japonês e assinalou pênalti, mas a cobrança foi desperdiçada por Kerolin. A penalidade desperdiçada não afetou as brasileiras, que continuaram propondo o jogo e tentando encurralar o Japão, pouco produtivo no setor ofensivo.

Um belo chute de Dudinha, da entrada da área para acerta o travessão antes de vencer a goleira Yamashita, tirou o zero do placar e marcou pela primeira vez com a camisa da seleção profissional. O segundo também foi dela, mais perto do final do primeiro tempo, aos 41 minutos, desta vez aproveitando o rebote após Yamashita espalmar finalização de Karolin.

O nome da jovem sensação tricolor foi entoado a plenos pulmões em Itaquera, onde, no setor visitante da Neo Química, o pequeno grupo de torcedores do Japão viu a chance mais perigosa da seleção asiática, criada por Kitagawya, ser defendida por Lorena.

O Japão voltou melhor para o segundo tempo e contou com momentos de insegurança da defesa brasileira para levar perigo ao gol de Lorena, como fez Fujino ao acertar uma bola na trave logo nos minutos iniciais. Não demorou, contudo, para que a equipe de Arthur Elias voltasse ocupar o campo das adversárias, até anotar o terceiro, de autoria de Kerolin.

Com a larga vantagem no placar, a torcida comemorou como um gol quando Arthur Elias mandou Marta, de volta à seleção após nove meses, tirar o colete para entrar em campo. Enquanto a Rainha do Futebol se preparava, pênalti para o Japão, por toque de mão de Luany. Então, foi a hora de gritar o nome de Lorena, que defendeu a cobrança de Nagano.

A euforia pelo pênalti defendido se estendeu ao momento em que, enfim, Marta entrou no lugar de Kerolin. Com menos de cinco minutos em campo, levou perigo em uma finalização rasteira de fora da área, que saiu pela linha de fundo. O jogo seguiu sem maiores emoções na reta final, até o Japão diminuir o placar, com Seike, aos 43 minutos do segundo tempo.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 3 X 1 JAPÃO

BRASIL – Lorena; Fê Palermo (Kaká), Isa Haas, Mariza e Yasmim (Fátima Dutra); Angelina, Duda Sampaio e Dudinha (Ludmila); Kerolin (Marta), Luany (Adriana) e Gio Queiroz (Jhenifer). Técnico: Arthur Elias.

JAPÃO – Yamashita; Kumagai, Kitagawa (Chiba) e Minami; Koga, Nagano (Momiki), Miyazawa (Sugita), Fujino (Seiki) e Tanikawa (Matsukubo); Hamano e Tanaka. Técnico: Nils Nielsen.

GOLS – Dudinha, aos 28 e aos 41 minutos do primeiro tempo. Kerolin, aos 10, e Seike, aos 42 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Roberto Echeverria (ARG).

CARTÕES AMARELOS – Isa Haas (Brasil).

RENDA – R$ 1.475.305,00.

PÚBLICO – 32.955 pessoas (33.325 total).

LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).