31/07/2022 - 0:33
O Brasil se sagrou campeão da Copa América Feminina-2022 ao derrotar neste sábado por 1 a 0 a Colômbia, que contou com o apoio de milhares de torcedores, na cidade colombiana de Bucaramanga.
A seleção brasileira, comandada pela treinadora sueca Pia Sundhage encontrou dificuldades em vários momentos do jogo contra um adversário que fez frente, mas conseguiu conquistar o oitavo título continental com um gol de pênalti de Debinha aos 39 minutos.
As brasileiras chegaram invictas a este duelo após cinco jogos disputados na Copa América, com 19 gols marcados e apenas um gol sofrido.
O Brasil, assim como a Colômbia por ser finalista, disputará a Copa do Mundo na Nova Zelândia e Austrália no ano que vem e os Jogos Olímpicos em Paris-2024.
O início do jogo foi lá e cá, mas também houve uma troca de faltas duras que não foram severamente punidas pela árbitra argentina María Laura Fortunato.
Logo aos 7 minutos, uma dividida entre a colombiana Lorena Bedoya e a brasileira Angeliña foi fatal para a meio-campista da equipe visitante, que precisou deixar a partida por recomendação médica.
Após esses primeiros duelos, as duas seleções perderam a compostura e deixaram espaços na retaguarda.
Do lado colombiano, esse foi o cenário perfeito para a jovem Linda Caicedo, de 17 anos, levantar a torcida com várias jogadas pelo lado esquerdo.
Do lado oposto, Adriana, que exerce a mesma função de Caicedo no Brasil, se aproveitou da insuspeita titularidade de Daniela Caracas.
A lateral-direito da Colômbia jogou na final sua primeira partida como titular da Copa América, devido às ausências de Carolina Arias, obrigada a se afastar por não cumprir os protocolos contra a covid-19, e sua substituta Mónica Ramos, que sofreu uma lesão de última hora.
A torcida no estádio Alfonso López acreditava a cada aproximação das colombianas. Mais de 20.000 torcedores estavam nas arquibancadas e apenas algumas cadeiras ficaram vazias para a final da primeira Copa América feminina disputada na Colômbia.
Com muita pressão e defesa ordenada, as anfitriãs jogaram de igual para igual. Mas aos 37 minutos a esperança começou a se esvair. Debinha dominou a bola, driblou para o centro e a zagueira Manuela Vanegas a derrubou na área.
As vaias contra a camisa 9 da seleção brasileira não foram suficientes para impedir que ela marcasse o primeiro gol, superando a goleira Catalina Pérez.
No segundo tempo, o ânimo e a concentração dos colombianos começaram a se diluir, enquanto Debinha encontrou mais espaços para fazer jogadas com Adriana e Beatriz Zaneratto.
Por sua vez, a dupla Catalina Usme-Mayra Ramírez no ataque da Colômbia desapareceu do jogo. Sem atacantes para marcar, a defesa do Brasil avançou vários metros e suas laterais se aproximaram cada vez mais do ataque.
Do banco Sundhage, bicampeã olímpica com os Estados Unidos, começou a dar um nó tático no treinador adversário.
Pensativo a poucos metros da sueca, o técnico da Colômbia, Nelson Abadía, demorou a fazer substituições e não deu apoio a Caicedo em suas mudanças.
Uma das principais características do Brasil, que explica muito seu sucesso, é a superioridade física de suas jogadoras. Além disso, a Seleção jogou esta partida depois de derrotar com tranquilidade o Paraguai nas semifinais.
Já a Colômbia sofreu contra a Argentina e chegou com menos energia que o adversário. No final da partida, Caicedo e Leicy Santos ameaçaram o gol de Lorena, mas suas pernas não responderam no momento da definição.
A vontade de conquistar seu primeiro título continental foi insuficiente para a Colômbia, que, como esperado, foi derrotada pelo time que já tem oito das nove Copas Américas.
das/gfe/aam