O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, afirmou nesta sexta-feira, 18, que o Brasil vai registrar em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, um crescimento de sua corrente de comércio. Segundo ele, isso será possível a partir da queda do Produto Interno Bruto (PIB) e do aumento de exportações e importações durante a crise.

“Com a recessão que temos, o PIB vai se reduzir, em torno de 4% ou 4,5%. Não é uma boa notícia, é uma péssima notícia”, pontuou o secretário. “Mas com a queda no PIB e o crescimento das exportações para algo em torno de 15%, o crescimento das importações para em torno de 8%, no indicador que me interessa, que é a balança de comércio sobre o PIB, teremos um crescimento na corrente de comércio.”

Para 2021, Fendt afirmou que a expectativa é de que haja crescimento de exportações e importações. Porém, ele lembrou que isso está sujeito ao andamento da crise. “Se tivermos segunda onda de covid-19 ou se as vacinas tiverem reações, isso vai assustar as pessoas”, pontuou.

O secretário citou ainda as dificuldades no combate à pandemia. “Não tem seringa suficiente no Brasil para vacinar”, afirmou, lembrando que a importação destes produtos está com tarifa zero em função da pandemia. “Tenho a expectativa de que haja grande importação de seringas no Brasil”, acrescentou.

Fendt participa nesta sexta de evento virtual promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura, sobre “Perspectivas do Comércio Exterior para 2021: Governo Biden e RCEP (Parceria Econômica Regional Abrangente)”.

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