SÃO PAULO, 10 MAI (ANSA) – Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, o Brasil ultrapassou a Itália, um dos países mais atingidos do mundo, em número absoluto de casos “em acompanhamento”.   

Esse dado reúne as pessoas que já tiveram a infecção pelo Sars-CoV-2 confirmada, mas que não morreram nem se curaram, ou seja, continuam contaminadas. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde divulgado no sábado (9), o Brasil soma 83.627 casos do novo coronavírus em acompanhamento.   

Já a Itália, segundo os dados deste domingo (10) da Defesa Civil, tem 83.324 contágios ainda ativos. Em 27 de abril, quando esse número começou a cair de forma ininterrupta, o país europeu somava 105.813 casos em acompanhamento, enquanto o Brasil tinha 30.816.   

Esse dado mostra os momentos opostos vividos pelas duas nações no combate à pandemia. A Itália vem registrando uma tendência de queda no número diário de mortes e, mesmo assim, tem cada vez menos casos ativos.   

O resultado disso é que menos pessoas necessitam de cuidados médicos ao mesmo tempo, inclusive em unidades de terapia intensiva, reduzindo a pressão sobre o sistema de saúde.   

Já o Brasil vê o número de casos em acompanhamento crescer na casa dos milhares diariamente, mesmo com uma média de 554 mortes confirmadas a cada 24 horas na última semana – a Itália teve média de 241 óbitos por dia no mesmo período.   

Números relativos – Por outro lado, quando se analisa os números frente ao tamanho da população, os dados do Brasil ainda estão longe dos da Itália.   

O país europeu soma 219.070 casos do novo coronavírus, o que representa 3.629 para cada 1 milhão de habitantes, segundo os dados populacionais do Instituto Nacional de Estatística (Istat). O Brasil, por sua vez, tem 155.939, sendo 737/1 milhão de habitantes, de acordo com a projeção atualizada da população feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.   

Considerando apenas os casos em acompanhamento, a taxa no Brasil é de 395/1 milhão de habitantes, contra 1.380/1 milhão de habitantes na Itália. (ANSA)