O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira (21) as 20.000 mortes pelo novo coronavírus, com um recorde de 1.188 óbitos registrados nas últimas 24 horas, segundo o balanço oficial do Ministério da Saúde.

O número de mortes confirmadas chegou a 20.047, situando o Brasil como o sexto país com o maior número de mortes por COVID-19.

O país também é o terceiro em número de contagiados (atrás de Estados Unidos e Rússia), com 310.087 casos (com aumento de 18.508 com relação à quarta-feira). No entanto, o número de contágios pode ser até 15 vezes maior devido à dificuldade em obter estatísticas precisas pela falta de testes, segundo especialistas.

A pandemia está em plena curva ascendente na América Latina e no Brasil, que tem o maior número de mortos da região (57% do total de 35.000 falecimentos) e onde o balanço de óbitos dobrou em apenas 11 dias (passou de 10.000 em 10 de maio).

A crise sanitária ocorre em um contexto de forte confusão política, devido às desavenças entre a maioria dos governadores, favoráveis às medidas de confinamento, e o presidente, que as critica devido a seus impactos para a economia.

As duas partes tentaram uma trégua nesta quinta-feira, durante uma teleconferência na qual Bolsonaro e João Doria, governador de São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, tentaram baixar o tom de confronto.

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“O Brasil precisa estar unido. A existência de uma guerra, como já foi dito aqui, coloca todos em derrota. Vamos em paz, presidente, vamos pelo Brasil e vamos juntos”, disse Doria, que em dias anteriores chegou a dizer que o país enfrentava ao mesmo tempo o coronavírus e o “bolsonarovírus”.


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