Líderes de Brasil, Colômbia, Chile, Uruguai e Espanha reunidos em videoconferência concordaram, nesta quarta-feira (26), em combater a desinformação nas redes sociais, que “alimenta o extremismo e a polarização”, destacaram.
Os países “traçaram ações conjuntas para enfrentar a desigualdade, desinformação e o uso malicioso das redes sociais e de outras tecnologias digitais”, informa um comunicado conjunto divulgado pela Presidência da Colômbia.
Participaram da videoconferência os presidentes de Brasil, Colômbia e Chile, o presidente eleito do Uruguai e o chefe de governo da Espanha, Pedro Sánchez. Segundo este último, a reunião abordou “os perigos da desinformação e das campanhas de interferência estrangeiras (…) Nossos países vão trabalhar juntos para garantir redes sociais livres de robôs e de ódio”.
O governo brasileiro expressou preocupação com os discursos de ódio e o fim da verificação independente nos Estados Unidos das plataformas da Meta, controladora do Facebook, WhatsApp e Instagram. Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, reiterou que é vítima de ataques da direita e da mídia tradicional por meio da disseminação de notícias falsas.
Segundo comunicado do governo espanhol, Sánchez propôs três medidas para combater a desinformação. A primeira delas seria “implementar a necessidade de garantir a privacidade das pessoas e o seu direito de agir sob um pseudônimo, para garantir a sua participação democrática”.
O líder espanhol também disse que “as autoridades devem poder examinar o funcionamento do algoritmo das redes sociais sem limitações, para poderem garantir a moderação de conteúdo e a comprovação dos fatos como requisitos legais e morais”.
Sánchez acrescentou que os responsáveis pelas grandes redes sociais “devem prestar contas pessoalmente pelo descumprimento de leis e normas que ocorrer em suas plataformas”.
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