O Brasil teve em maio seu maior superávit comercial mensal da história, com um saldo de 7,661 bilhões de dólares, impulsionado pelas vendas de produtos básicos e semiprocessados, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

O resultado superou em 19,1% o do mesmo período do ano passado e se tornou o melhor para um mês desde que começou a atual série histórica em 1989, informou o MDIC.

O recorde anterior foi de março desse ano, com 7,1 bilhões de dólares.

Em maio, as exportações brasileiras somaram 19,792 bilhões de dólares (+7,5% em relação ao mesmo mês de 2016) e as importações, US$ 12,131 bilhões (+4%), revertendo a equação que caracterizou o ano passado, quando o saldo favorável se deveu à queda das vendas externas em um um ritmo menor do que as importações.

Entre janeiro e maio de 2017, a balança comercial teve um saldo positivo de 29,032 bilhões de dólares, quase 50% acima dos US$ 19,682 bilhões no mesmo período de 2016.

A medição a 12 meses, por sua vez, registrou um superávit de 57,033 bilhões de dólares, 36,9% acima dos doze meses anteriores.

Em maio, as exportações de bens básicos totalizaram 9,703 bilhões de dólares, com alta de 11,6% em relação ao mesmo mês de 2016.

As vendas externas de bens semiprocessados chegaram a 2,778 bilhões de dólares (+16,4%) e as manufaturas a 6,873 bilhões de dólares, com um retrocesso anual de 1,2%.

Os bens industrializados tiveram recuos nos polímeros plásticos (-4,4%, a 1,721 bilhões de dólares) e nos geradores elétricos (-22,5%, a 98 milhões).

O Brasil encerrou 2016 com um superávit comercial recorde de 47,692 bilhões de dólares e para 2017 os operadores consultados pelo Banco Central esperam que chegue a 56,2 bilhões de dólares.