O Brasil reforçou a segurança da COP30 em Belém do Pará, em resposta às críticas da ONU e depois que dezenas de manifestantes indígenas e outros ativistas invadiram à força o recinto.
Em uma nota enviada à AFP, o governo brasileiro destacou ter reavaliado o dispositivo de segurança, em coordenação com a ONU, especialmente com o aumento do número de agentes e a instalação de novas barreiras no local da conferência.
Os manifestantes forçaram na terça-feira a entrada principal do Centro de Convenções de Belém e enfrentaram os agentes de segurança que tentaram contê-los.
No incidente, dois policiais sofreram ferimentos leves, segundo a ONU.
As imagens dos confrontos deram a volta ao mundo.
“Todas as solicitações da ONU têm sido atendidas”, diz a nota do governo.
Mas também destaca que a segurança interna da Zona Azul, centro diplomático do evento onde ocorreu o confronto, está a cargo da ONU e que as autoridades locais dispõem dos meios solicitados.
As medidas foram tomadas depois que Simon Stiell, o mais alto responsável climático da ONU, enviou uma carta dura às autoridades brasileiras para protestar pelas condições de segurança, segundo a imprensa.
As autoridades também afirmaram ter respondido às queixas sobre a climatização e a impermeabilidade do local da COP, cuja organização em Belém representa um verdadeiro quebra-cabeça logístico há vários meses.
“Não houve alagamento do local do evento, e sim ocorrências localizadas, como goteiras”, o que foi reparado, segundo a nota.
Afirmam ainda ter instalado aparelhos de ar-condicionado adicionais para os 42 mil participantes presentes no centro de convenções, submetidos ao intenso calor e às chuvas tropicais da Amazônia.
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