Brasil passa a ter banco nacional de antígenos e vacinas contra a aftosa

São Paulo, 19 – O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinou na quinta-feira, 18, contrato com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para a criação do primeiro banco brasileiro de antígenos e vacinas contra febre aftosa, que deve garantir estoque estratégico de insumos para a formulação rápida de vacinas em eventuais casos de surto localizado da doença. Em março, o Tecpar tinha fechado acordo de cooperação tecnológica com a Biogénesis Bagó, para a transferência e internalização de tecnologia para a criação do banco de antígenos.

“O contrato assinado em Brasília prevê a criação do banco com 10 milhões de doses de antígenos de dois sorotipos do vírus de febre aftosa que mais circularam no Brasil. O contrato de 10 anos prevê ainda o fornecimento imediato de até 10 milhões de doses da vacina para o Ministério, em casos de eventuais surtos”, disse a Biogénesis Bagó em nota.

Hoje, o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacinação animal, status reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a criação do banco de antígenos é uma das formalidades exigidas.

“Não existe país livre de febre aftosa sem preparo. Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos, em parceria com o Tecpar do Paraná, que é uma referência nesse tema, além de contar com parcerias internacionais, como a empresa Biogénesis, da Argentina”, disse Fávaro, em nota de sua assessoria. “É um investimento que garante a continuidade de um processo extraordinário que o Brasil conseguiu alcançar.”