RIO DE JANEIRO, 7 JUL (ANSA) – O Brasil iniciou negociações com a Itália para a compra de um novo sistema de defesa aérea para o Exército. O pedido pode chegar a 786 milhões de euros (R$ 5 bilhões), segundo a CNN Brasil.
Anteriormente, o Exército chegou a discutir a aquisição do sistema indiano Akash, com finalidade de defesa antiaérea de médio e longo alcance, um sistema que consolidaria a liderança no Brasil na América Latina contra ameaças de aviões, drones e mísseis de cruzeiro inimigos. No entanto, as negociações não avançaram e estão congeladas, segundo declaração de oficiais do exército à CNN.
De qualquer forma, a questão ainda pode ser tema do encontro entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na próxima terça-feira (8) em Brasília, que irá ocorrer às margens do Brics.
De acordo com fonte militares, as negociações com a Índia foram interrompidas porque as empresas indianas que produzem o sistema Akash, Bharat Dynamics Limited (BDL) e Bharat Electronics (BEL), querem vender um sistema de defesa antiaérea de uma geração anterior.
Por esse motivo, o Exército brasileiro iniciou negociações com a Itália. O objetivo agora é o sistema italiano Emads, produzido pela Mbda, com contribuição da Leonardo. Trata-se da mesma família de mísseis terra-ar que a Marinha irá utilizar nas novas fragatas da classe Tamandaré.
Segundo uma avaliação do Exército, isso facilitaria o apoio logístico – treinamento operacional e infraestrutura necessárias para os equipamentos – e poderia gerar escala suficiente para a produção nacional de mísseis por meio de um acordo com os italianos. (ANSA).