Para José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o PAC parou tanto por falta de recursos como pelo planejamento ruim. De acordo com o executivo, a experiência das fases anteriores deveria ser aproveitada agora.

Confira a entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo:

Por que o resultado do PAC é tão frustrante?

Mesmo na época em que o governo tinha dinheiro, o PAC não rodava porque a máquina – desde quem projeta até quem fiscaliza – não sabe lidar com investimentos. O Brasil não tem a cultura do investimento. O que aconteceu no PAC 1? Tinha o recurso, queria fazer, mas não saía licenciamento ambiental, não tinha projetistas, não tinha empresas com potencial para fazer os projetos. Agora, com a expertise que temos das duas fases, quando a estrutura estava montada, parou de investir e desmontou tudo de novo.

Há espaço para uma nova versão do PAC?

Tem de pegar as obras que estão em andamento, colocar recursos e terminar. Entre as obras contratadas ou conveniadas que não começaram a andar, deve-se priorizar algumas para criar o PAC 3. Uma nova etapa do programa teria de ser para terminar o que está andando e, dentro do que está com projeto pronto, ver o que é mais importante.

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O que mais prejudicou o PAC: a Lava Jato ou a frustração de recursos?

A falta de dinheiro. A Lava Jato teve impacto marginal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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