SÃO PAULO (Reuters) – O governo brasileiro tem mantido diálogo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para assegurar o cumprimento da entrega de doses de vacinas contra Covid-19 ao Brasil no âmbito do programa Covax Facility, disse nesta quarta-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A declaração foi dada pelo ministro em pronunciamento à imprensa após reunião do comitê de combate à pandemia, no Palácio do Planalto e depois de o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ), que representou o presidente da Câmara no encontro, criticar o tratamento dado pela OMS ao Brasil.
“A Organização Mundial da Saúde, no programa Covax Facility, tem deixado o Brasil de lado. A Organização Mundial da Saúde privilegiou países que não têm a pandemia e a circulação viral que o Brasil tem”, afirmou o parlamentar, que fez a avaliação de que a quantidade de doses alocadas pelo Covax a países da África e do Sudeste Asiático foram em “desproporção” às enviadas às Américas e para o Brasil.
Logo depois da fala de Luizinho, Queiroga afirmou que o governo tem mantido tratativas frequentes com a OMS em relação ao Covax, mecanismo criado para permitir um acesso mais igualitário às vacinas contra Covid-19 para os países mais pobres.
“O deputado Luizinho fala muito bem acerca da iniciativa Covax Facility, até porque em outubro o governo brasileiro alocou 150 milhões de dólares para ter uma cobertura vacinal de 10% da população e nós temos mantido, como eu já falei, um diálogo muito produtivo com a OMS no sentido de que seja cumprido o acordado anteriormente”, disse Queiroga.
(Por Lisandra Paraguassu)