O Brasil superou com tranquilidade o primeiro obstáculo em sua luta para conquistar o bicampeonato da Copa América ao se classificar para as quartas de final nesta quinta-feira, com uma vitória de 4 a 0 sobre o Peru, no Rio de Janeiro, pela segunda rodada do torneio sul-americano.

Os anfitriões continuam se impondo com um futebol não muito brilhante, mas eficaz. Desta vez Alex Sandro, aos 12 minutos, Neymar, aos 68, Everton Ribero, aos 89, e Richarlison, nos acréscimos (90+3) balançaram as redes na goleada sobre os peruanos, fragilizados por seis desfalques de jogadores importantes, entre eles o artilheiro Paolo Guerrero.

Com a vitória, o Brasil lidera sozinho o Grupo B com seis pontos, após vencer a Venezuela por 3 a 0 no domingo, em Brasília, na abertura do torneio.

Com essa pontuação, a ‘Canarinha’ de Tite se tornou a primeira seleção a se classificar para a próxima fase, da qual participarão as primeiras quatro seleções de cada chave.

A Colômbia está em segundo lugar, com quatro pontos, seguida pela Venezuela (1). Equador (0) e Peru (0) fecham o grupo.

– Passos de gigante –

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A superioridade do Brasil está tão evidente, que mesmo mudando o elenco de um jogo para outro, somou três pontos.

Sem fugir à responsabilidade pela bicampeonato, Tite avisou que a Copa América seria uma oportunidade para testar novos esquemas táticos e estratégias a serem executadas, caso se classifique, o que é dado como certo, para a Copa do Mundo do Catar-2022.

Contra os peruanos ele não só testou um 4-4-2 quando estava sem a bola, com ‘Gabigol’ e Neymar como pontas, mas também colocou em campo seis novos jogadores em relação ao time titular que venceu a Venezuela por 3 a 0 na abertura do torneio.

Contra os ‘Incas’, vários jogadores que não costumam ser titulares iniciaram a partida – Fabinho, Everton ‘Cebolinha’, Gabigol e Alex Sandro – e houve a volta do indiscutível Thiago Silva, já recuperado de uma lesão muscular, e o goleiro Ederson, que jogou na primeira parte das partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

E a Seleção não perdeu sua identidade nem seu gosto pela vitória (não perde há nove jogos consecutivos). A equipe manteve a forte pressão contra a qual, pelo menos na América do Sul, não houve resistência eficiente. E em alguns momentos seus atacantes fizeram boas triangulações mesmo no gramado pesado do estádio Nilton Santos.

– Neymar outra vez –

Apesar do domínio tão amplo, o Brasil criou poucas chances. Pedro Gallese sabia do que eram capazes quando tirou a bola de dentro da baliza.

Um artilheiro atípico, Alex Sandro, fez uma jogada ofensiva – com cinco jogadores atacando simultaneamente – que ‘Cebolinha’ começou na lateral esquerda.

O jogador do Benfica cruzou para a direita, onde ‘Gabigol’ recebeu e direcionou para o centro da área. Lá, o lateral-esquerdo, fazendo o papel de ‘9’, disparou para as redes de Gallese.

O gol deu a impressão, que se revelou falsa, de que viria um massacre em seguida. Mas o Brasil só assustou o goleiro peruano com chutes que foram desviados de Fabinho e Alex Sandro, no primeiro tempo, e de Danilo, no início do segundo.

O Peru soube conter o domínio brasileiro com um compacto 4-5-1, embora sem poder ofensivo. Alex Valera teve o único disparo, após uma bola parada, mas falhou debaixo das traves.


Tite mexeu no time por vontade própria, enquanto Gareca por necessidade devido à perda, por motivos diversos, de seis homens fundamentais no elenco vice-campeão da Copa América-2019, em que o Brasil os derrotou, e na classificação para a Copa da Rússia-2018.

O Brasil aproveitou a fragilidade, apesar de um início hesitante.

Neymar ampliou sua sequência de gols – diminuiu para nove sua diferença em relação a Pelé (77 gols) como o maior artilheiro da seleção brasileira – tirando vantagem de uma fraca marcação. Ele recebeu de Fred na entrada da área, se virou com calma e acertou um chute rasteiro direto e colocado direto nas redes de Gallese.

Depois o astro do PSG tocou a bola para Richarlison, que deu um bom passe para Everton Ribeiro, que finalizou bem, ampliando o placar.

E, nos acréscimos, o atacante do Everton fechou a goleada aproveitando uma sobra e evidenciando assim a atual superioridade regional do Brasil.

raa/aam


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