São Paulo, 15/6 – As exportações brasileiras totais de carne suína (considerando-se cortes in natura, salgados e miúdos) dispararam nos primeiros cinco meses do ano, alcançando volume 62% maior em relação a igual período de 2015, informa relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP) antecipado ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Até maio de 2016, o País exportou 284,31 mil toneladas de carne suína. A China foi a principal responsável pelo aumento expressivo da demanda. O volume embarcado pelo Brasil ao país, de 28,51 mil toneladas, é cerca de 240 vezes maior em relação aos cinco primeiros meses de 2015. O país asiático já ocupa a terceira posição entre os maiores compradores da carne suína brasileira, informa o Cepa, com base em dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O principal comprador é a Rússia, com 99,46 mil toneladas (o que representa 35% de todo o volume exportado pelo Brasil), seguida por Hong Kong, com 74,66 mil toneladas (26,26%). O aumento da demanda externa acabou inflacionando os preços da carne suína no mercado interno, consequência também do encarecimento no preço dos insumos, principalmente do milho e farelo de soja e por causa da recente diminuição da oferta de animais para abate, diz o Cepea. Em Minas Gerais e Goiás, entre 31 de maio e 14 de junho, os preços da carne suína aumentaram em torno de 15% – o produto foi negociado a R$ 4,57/kg e R$ 4,13/kg nesses Estados, respectivamente, na terça-feira (14). Neste mesmo dia, em Mato Grosso e São Paulo, a carne suína subiu 7,7% e 5,8%, cotada a R$ 3,16/kg e a R$ 4,11/kg, respectivamente. Já na Região Sul, os preços subiram 6,9% no Paraná, 5,4% em Santa Catarina e 4,5% no Rio Grande do Sul, com médias de R$ 3,82/kg, R$ 3,67/kg e R$ 3,64/kg, respectivamente. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça comum e a carcaça especial se valorizaram 3,7%, passando para R$ 6,05/kg e R$ 6,39/kg, respectivamente, no mesmo dia, conforme levantamento do Cepea. Após o milho ter batido recordes de preços ao longo do ano, na primeira quinzena de junho finalmente começou a recuar, indica o Cepea. Em Campinas, o preço médio da saca de 60 quilos do milho teve queda de 0,7%, passando para R$ 52,29 na terça-feira. Em Chapecó (SC), houve queda de 6,5%, com a saca negociada a R$ 52,20 na terça. Quanto ao farelo de soja, a tonelada foi cotada a R$ 1.580,15 na região catarinense e a R$ 1.454,99 na paulista, alta de 11% e queda de 2,1% em sete dias, respectivamente.