O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esvaziou uma reunião de emergência convocada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) que tinha como intuito debater a situação do País. Esse gesto brasileiro foi interpretado pelos outros governos como um aceno de que a crise está controlada e que a democracia permanece sólida. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.
O encontro entre os países latino-americanos tinha como intuito que uma resolução fosse aprovada para apoiar o estado de direito no Brasil. A convocação para a reunião de emergência partiu do governo da Colômbia, assim que os atos terroristas ocorreram em Brasília no domingo (8). O Chile aceitou a ideia instantes depois.
Na segunda-feira (9), alguns projetos foram lançados, como o de levar para a sede da OEA, em Washington (EUA), os chanceleres de cada País integrante.
Contudo, depois de algumas consultas, os diplomatas informaram que o Brasil aceitaria uma reunião, mas não em nível ministerial. Outra condição era para que não houvesse uma votação sobre a situação brasileira, para evitar que o País ficasse sob uma espécie de monitoramento internacional.
O acordo final foi para que cada governo fizesse um discurso em apoio ao Brasil. Já o Itamaraty deve aproveitar a ocasião para atualizar os países vizinhos sobre as medidas que estão sendo tomadas em território nacional, como a de investigar e processar os autores dos atos antidemocráticos.
Ao evitar a votação, o Brasil garantiu que os atos terroristas não tenham mais tanto protagonismo na pauta internacional e conseguiu manter o seu status de democracia sólida.