JONNE RORIZ/AE

Arthur Zanetti e Diego Hypólito, os dois ginastas da equipe brasileira com mais chances de medalhas na Rio-2016, estão sendo “protegidos” do assédio da imprensa pela comissão técnica. Os atletas não têm falado com jornalistas e afirmam que só darão entrevistas após os eventos classificatórios da Olimpíada.

Segundo o treinador Renato Araújo, a decisão foi tomada em conjunto para “resguardar” os esportistas. “É uma escolha da comissão técnica e dos atletas”, afirmou. “Eles (técnico e atletas) optaram por isso para se resguardar e se concentrar melhor. Temos que escutar.”
Zanetti, ouro nas argolas em Londres-2012, e Hypólito, bicampeão mundial no solo, treinaram nesta quarta-feira na Arena Olímpica do Rio, ao lado de ginastas de Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Holanda. Foi a primeira chance para os atletas reconhecerem o local de competição, que a partir de sábado (6) receberá mais de 12 mil torcedores diariamente.
A estratégia de proteger as “estrelas” faz parte da tentativa do Brasil de garantir os melhores resultados do time masculino nas disputas individuais, uma vez que as chances de classificação por equipes às finais são consideradas pequenas. “Sabemos o nosso tempo. Não estamos disputando com Japão, com China, e sabemos que será muito difícil classificar a equipe para a final”, afirmou Araújo.
Sérgio Sasaki, um dos poucos ginastas a falar após o treino, disse que a primeira impressão do local de competição foi boa. “Foi um bom treino, importante para nos adaptarmos ao equipamento. Gostei do fato de terem escolhido a cor verde para os aparelhos. Acho calmante”, disse.
O ginasta também tentou minimizar as preocupações com a dor sentida no joelho direito. “Senti um pouco depois de um salto muito alto, mas é normal. Tenho todas as condições de competir.”